A Polícia Federal em Corumbá continua as investigações sobre os safáris de caça a animais no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo o delegado responsável pelo caso, Alexandre do Nascimento, está sendo feito o reconhecimento de todas as pessoas que aparecem no vídeo que fundamentou a denúncia. (Veja um trecho do vídeo abaixo)
Além disso, ele revela que dentro de dez dias devem começar a chegar os resultados das perícias feitas no vídeo, nas armas, munições e nos crânios e galhadas de animais apreendidos na fazenda Santa Sofia, no Pantanal, onde foi realizada a Operação Jaguar II.
O delegado diz que os indícios encontrados até o momento apontam que o vídeo que mostra a caça ilegal de onças teria sido produzido em 2004, o que, segundo ele, contraria o argumento do advogado da proprietária da fazenda, que afirma que as imagens são de 2001.
Segundo Nascimento, somente após a chegada dos laudos e identificação das pessoas que aparecem nos vídeos é vão começar a ser tomados os depoimentos dos suspeitos e de testemunhas e feitos os indiciamentos.
Operação
No início de maio, o Ibama e a Polícia Federal com a ajuda do Exército realizaram na fazenda Santa Sofia, a Operação Jaguar II, com o objetivo de investigar uma denúncia, baseada em um vídeo, de que estariam sendo promovidas no local safáris de caça a onças.
O vídeo teria sido feito por turistas estrangeiros. Na imagem aparecem Antônio Teodoro de Melo Neto, o Tonho da Onça, e a pecuarista que é proprietária da fazenda. Na propriedade foram apreendidas 12 armas, muita munição, galhadas de veado e cervo, couro de sucuri e instrumentos usados para imitar o esturro da onça, um rosnado que atrai animais da mesma espécie.
Logo após a operação, o advogado da pecuarista negou as suspeitas. “As armas são todas legalizadas. Ela não tem interesse nenhum de caçar onças, nem permitir que isso aconteça, que se faça esse tipo de atividade”, afirmou. Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia da Polícia Federal.
Comentários