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Polícia
Sexta - 20 de Maio de 2011 às 09:08
Por: ANTONIELLE COSTA

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A Gazeta
Josino está preso na Cadeia Pública de Rondonópolis, acusado de participação na morte de juiz
Josino está preso na Cadeia Pública de Rondonópolis, acusado de participação na morte de juiz

O empresário Josino Guimarães, acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino do Amaral, preso no último dia 9, cumpre a pena em uma cela no Anexo da Penitenciária "Mata Grande" em Rondonópolis (210 km de Cuiabá), com mais dois detentos provisórios e sem regalias. Ele foi detido pela Polícia Federal, após determinação do juiz Paulo Sodré, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso.

De acordo com o diretor em substituição legal da unidade, Gerson Pereira de Oliveira, o local possui 24 celas e abriga 346 presos. Acostumado a morar em mansões e freqüentar ambientes luxuosos, a realidade do empresário suspeito é bem adversa. Cada cela possui camas feitas em cimento, com metragem de aproximadamente de 3 a 4 m² e dispõe de um banheiro com ducha de água fria.

O empresário tem direito à visita todas às quartas-feiras e aos domingos. Ele recebe normalmente seus familiares, que levam alimentos, roupas de banho e de cama de cores claras, além de objetos de higiene pessoal. O horário é das 8h da manhã às 16h da tarde.

A alimentação dada a Josino é a mesma oferecida aos demais, a não ser nos dias de visita em que ele come alimentos trazidos por seus familiares. São três refeições ao dia: café da manhã, almoço e jantar. Como qualquer outro detento, o empresário tem uma hora de banho de sol por dia.

Ação Penal

O empresário responde ação penal pelo crime do homicídio qualificado, após ter sido acusado pelo MPF de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. O magistrado foi encontrado morto em setembro de 1999, na cidade de Concepción, no Paraguai (a 210 km da fronteira com o Brasil).

Antes de ter sido encontrado morto, Leopoldino acusou o empresário de ser "lobista". O magistrado denunciou um suposto esquema de venda de sentença que teria se instalado no Poder Judiciário de Mato Grosso.

Neste caso, a Justiça decidiu que Josino deve ir a Júri Popular. No entanto, o julgamento ainda não aconteceu em função de o empresário ter recorrido da decisão.

Dois mandados de prisão

Um dos mandados que mantém Josino preso diz respeito à ação penal que responde por homicídio, já o outro está relacionado a um caso em que ele é acusado de integrar uma "farsa", para levantar dúvidas de que o juiz Leopoldino do Amaral estaria vivo e morando na Argentina.

Neste último, o empresário foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura.

A defesa recorreu das prisões e um dos pedidos foi negado pelo desembargador Ítalo Fioravanti Sabo Mendes, Tribunal Regional Federal da 1ª Região.






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