Médicos americanos usam estímulo elétrico em paraplégico
Os resultados apareceram depois de um tratamento com estimulação elétrica na medula espinhal. O caso foi descrito em um artigo publicado hoje no periódico "Lancet".
Rob Summers/Associated Press | ||
Rob Summers, que deu alguns passos após o tratamento |
Summers também recuperou parte de sua função sexual e do controle da bexiga. Ele estava paralisado do peito para baixo, mas ainda manteve parte da sensibilidade.
Um eletrodo foi implantado nas costas do paciente. Por um fio, o dispositivo se liga a um aparelho de estimulação controlado pelos médicos.
Assim que o aparelho emite um sinal, a rede neural da medula, junto com a resposta sensorial das pernas, é capaz de orientar a articulação e os músculos necessários para que o paciente possa ficar em pé e andar na esteira.
O americano fez também dois anos de reabilitação, e só se movimentava enquanto recebia a estimulação.
Para Daniel Rubio, fisiatra e diretor clínico da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade Morumbi, a técnica é inovadora, mas é cedo para comemorar, já que o teste foi feito em só uma pessoa.
Cristiano Milani, coordenador do departamento de atenção neurológica e neurorreabilitação da Academia Brasileira de Neurologia, elogia o caso com ressalvas.
"É promissor, mas trata-se de um caso isolado. O paciente é jovem, com lesão parcial. A técnica ainda não vai mudar a vida de ninguém."
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