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Política
Sábado - 21 de Maio de 2011 às 09:39
Por: Andréa Haddad

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Alçado à vida política após obter liminares na Justiça estadual para obrigar os gestores a custear a internação de pacientes, com risco de morte, em unidades particulares, o defensor público licenciado e deputado federal Valtenir Pereira (PSB) retorna aos holofotes na condição de mediador oficial das negociações entre médicos e enfermeiros com o governador Silval Barbosa (PMDB). Trata-se de um “prato cheio” para o socialista, presidente regional da legenda, dar musculatura ao projeto de concorrer à sucessão do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), no próximo ano.

Em nota da assessoria, Valtenir informa ter recebido dos próprios profissionais a incumbência de levar as reivindicações a Silval. Ele sustenta que foi escolhido na noite desta quinta (19), durante a assembleia em que enfermeiros e médicos aprovaram o indicativo de greve a ser deflagrada a partir da próxima quinta (26), caso não haja acordo com o governador.

Sem perder tempo, Valtenir tratou de procurar nesta sexta (20) representantes da Casa Civil, comandada pelo secretário-chefe José Lacerda (PMDB), para preparar a reunião entre Silval e os profissionais. O parlamentar lembra que o problema, principalmente no HPSMC, se arrasta desde 2003 por falta de projetos e vontade política. “A população cresce 10% a 20% ao ano. Hoje vivemos o estrangulamento da saúde em Mato Grosso, em especial Cuiabá e Várzea Grande”, critica.

Ex-militante do PMDB, Valtenir foi eleito em 2004 para ocupar o primeiro eletivo ao conquistar pelo PT a cadeira de titular na Câmara da Capital. Dois anos depois, já no PSB, concorreu com sucesso a deputado federal e, quatro anos depois, conseguiu ser reeleito.

Os médicos, enfermeiros e outros técnicos exigem melhorias nas condições de trabalho no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) e a aquisição de novos leitos para abrigar pacientes hoje acomodados no chão. Segundo a diretora do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Luiz de Queiroz, “o déficit oficial em Mato Grosso é dois mil leitos para atendimento” da saúde.

Os profissionais também reivindicam a construção do Hospital Regional de Cuiabá, com capacidade de mil leitos. “A Agecopa tem dinheiro para fazer hospital. Vamos dar prazo de uma semana para o governador. Não aceitamos negociar com Pedro Henry (secretário de Sáude) e Chico Galindo”, diz o presidente do Sindicato dos Profissionais e Técnicos de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares.





Fonte: RD News

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