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Cidades
Segunda - 23 de Maio de 2011 às 10:58
Por: Marcos Lemos

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Dois conselheiros dos sete que compõem o Pleno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso são investigados. Humberto Bosaipo, inclusive foi afastado por um ano através de decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça referente a denúncias de quando ocupava cargos de gestão e administração da Assembleia Legislativa.
 
Em decisão estranha, o ministro Francisco Falcão, entendeu os argumentos do Ministério Público Federal de que a presença de Bosaipo na Corte de Contas implicaria em dificuldades para investigá-lo, coisa muito improvável. São sete denuncias promovida pelo Ministério Público do Estado (MPE), muito mais com intenção de dar uma conotação de vários crimes do que propriamente com embasamento e provas.
 
O outro investigado é Alencar Soares, acusado de se favorecer do cargo para pressionar prefeitos e vereadores a apoiarem o filho que foi candidato a deputado estadual e além de não se eleger, ficou distante de um possível rodízio para que o mesmo assumisse a condição de deputado estadual.
 
Em comum, Bosaipo e Alencar têm o fato de terem sido deputados estaduais por mais de um mandato e exercerem a função de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado nas vagas que constitucionalmente devem ser indicados pela Assembleia Legislativa.
 
Levantamento da Associação Nacional do Ministério Público de Contas mostra que 48 dos 240 ministros e conselheiros dos tribunais de contas brasileiros, sejam os estaduais ou o da União, sofreram ou enfrentam no momento algum tipo de investigação.
 
Do envolvimento em fraudes clássicas, como licitações viciadas e superfaturamento, a casos insólitos, como o uso do cargo para pressionar prefeitos e vereadores a apoiar a candidatura do filho a deputado estadual, a lista de investigados nos últimos 8 anos corresponde a 20% do total dos conselheiros do país.
 
Ao todo, são 55 inquéritos e processos. Jaleco, Taturana, Caixa de Pandora, Pasárgada e Navalha são algumas das operações policiais que tiveram, entre os alvos investigados, conselheiros de contas. Em Rondônia, por exemplo, seis dos sete conselheiros são investigados.
 
Se o mesmo percentual de conselheiros suspeitos fosse aplicado no Judiciário, o número representaria nada menos do que 3.400 dos 17 mil magistrados brasileiros - mas não há oficialmente um percentual disponível sobre a quantidade de juízes sob algum tipo de investigação. (Com informações do Jornal o Globo).





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