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Política
Segunda - 23 de Maio de 2011 às 15:59

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O prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), afirmou nesta segunda-feira (23) que se considera “vítima de um golpe político” arquitetado por seus opositores.

Sua mulher, Rosely Nassim Santos, é investigada pelo Ministério Público por possível envolvimento em um esquema de fraudes em licitações na cidade situada a 93 km de São Paulo.

Santos acrescentou que irá manter a primeira-dama na chefia de gabinete enquanto vigorar o habeas corpus preventivo expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que impede a prisão do casal. Apesar das investigações, a mulher não foi indiciada.

As investigações da Promotoria resultaram em 11 pessoas detidas na sexta-feira (20). Nove suspeitos seguem foragidos, entre eles o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), que nesta segunda-feira pediu exoneração da presidência das Centrais de Abastecimento (Ceasa) de Campinas. Vilagra teve mandado de prisão expedido, mas, segundo seu advogado, Pedro Maciel Neto, está em férias na Espanha.

Segundo os promotores, empresários pagavam propinas a secretários municipais e diretores de empresas públicas para conseguir vantagens em licitações e contratos com a Prefeitura.

O prefeito negou saber das possíveis irregularidades que ocorriam entre seus assessores, mas garantiu que vai se submeter à decisão da Câmara, que vota nesta segunda-feira a instalação de uma Comissão Processante que pode resultar na cassação de seu mandato.

Documentos
Documentos mostram que o ex-presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) Luiz Aquino Castrillon de Aquino denunciou o esquema e listou o nome dos envolvidos. Aquino disse à Promotoria que a escolha das empresas que venceriam a licitação era feita por Rosely.

Por ter ajudado nas investigações, Aquino não foi preso na megaoperação ocorrida na sexta. Na Justiça, este tipo de procedimento é conhecido como delação premiada. Nos depoimentos dados aos promotores, o ex-presidente da Sanasa disse que ele próprio era o encarregado de negociar com as empresas qual o valor seria repassado à primeira-dama. O Ministério Público começou a ouvir nesta segunda-feira (23) os 11 detidos no 2º Distrito Policial de Campinas.






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