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Política
Segunda - 23 de Maio de 2011 às 17:33
Por: Romilson Dourado

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Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campinas, Lagos fugiu antes de ser preso por envolvimento em esquema de fraudes junto à empresa de saneamento; antes, ele atuou em MT por alguns anos
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O jornalista Francisco de Lagos, que foi coordenador da campanha de Percival Muniz à Prefeitura de Rondonópolis em 2000 e depois secretário de Comunicação no início do governo Blairo Maggi, está foragido da polícia de São Paulo. Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campinas, ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, juntamente com outras 11 pessoas, sob acusação de envolvimento em fraudes nos contratos de serviços com a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Ele conseguiu fugir assim que soube da megaoperação, deflagrada pelo Ministério Público junto com as polícias Civil e Militar.

Outras 8 pessoas estão sendo procuradas, sendo elas o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), o secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, os empresários Gabriel Ibrahim Guttierrez, Dalton dos Santos Avancini, Ivan Goretti de Deus, Emerson Geraldo de Oliveira, José Carlos Cepera e Maurício de Paulo Manduca.

A polícia aprendeu na casa do secretário de Segurança R$ 25 mil em dinheiro e, na residência do vice-prefeito, R$ 60 mil. Da prefeitura foram recolhidos documentos e computadores. Na força tarefa, foram detidos funcionários e ex-funcionários da Sanasa e empresários. Onze pessoas acabaram presas nas cidades de Campinas, Jundiaí, São Paulo, Jaguariúna e Vinhedo, todas por esquemas junto à empresa de saneamento de Campinas.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, foram apreendidos na operação grande quantidade de dinheiro, armas, CPUs de computadores e documentos destinados a comprovar as fraudes. Estão na cadeia Aurélio Cance Junior, diretor da Sanasa, e os empresários Ricardo Cândia (ex-diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas), Valdir Carlos Boscatto, Gregório Vanderlei Cerveira, João Carlos Ibrahim Gutierrez, Marcelo Quartim Barbosa de Figueiredo, Luiz Arnaldo Pereira Mayer, Pedro Luiz Ibrahim Hallack, João Tomás Pereira Junior, Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes.

    Atuação em MT

Francisco de Lagos foi responsável por montar espécie de "comitê da maldade" da campanha de Percival para "detonar" os adversários, principalmente Wellington Fagundes. A equipe espalhava junto à população mentiras e fofocas para desestabilizar os concorrentes. E conseguiu. Percival foi reeleito em Rondonópolis, no pleito de 2000, com  38.392 votos. Wellington, pelo PSDB, amargou a segunda colocação, com 31.130. O advogado Carlos Ihamber (PRN) ficou em terceiro, com 4.026.

A vitória de Percival elevou o prestígio profissional de Lagos, que foi levado para o governo Maggi pelo hoje deputado estadual e presidente do PPS. Lagos foi nomeado secretário de Comunicação, mas ficou no cargo poucos dias. Depois, teve passagem "relâmpago" pela secretaria de Saúde. Acusado de ingerência, foi exonerado.





Fonte: RD News

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