Agência classificadora sinaliza com aumento da nota do Brasil
A agência classificadora de risco Standard & Poor"s deu nesta segunda-feira mais ênfase à sua recomendação de investimento no Brasil. A empresa acrescentou uma perspectiva "positiva" à nota atribuída ao país, o que significa que ela poderá ser elevada a qualquer momento.
Entre os motivos para a alteração, a S&P citou a solidez do crescimento da economia --baseado em fatores externos e domésticos--, e disse que o governo reafirmou seu compromisso em sustentar os ganhos recentes com a continuidade do ajuste fiscal, monetário e de políticas de crédito.
"A estrutura de diversidade econômica do Brasil, a expansão da classe média e o potencial para o aumento das exportações deverão sustentar tanto o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) quanto a liquidez externa do país nos próximos três ou quatro anos", disse a S&P.
A agência diz ainda que medidas recentes para conter pressões inflacionárias de curto prazo "demonstram o compromisso do governo em conter riscos macroeconômicos", lembrando que foram feitos cortes nos gastos equivalentes a 1,4% do PIB para o orçamento de 2011. O relatório da S&P destaca que a atual gestão limitou aumentos no salário mínimo e deu continuidade às altas na taxa básica de juros, além de ter adotado ações para restringir o crédito.
A alteração foi feita para as notas de emissões em moeda estrangeira, que foram reafirmadas em BBB-.
Essa graduação, dada ao país em abril de 2008, já confere ao Brasil o status de "grau de investimento", chancela máxima dada pela agência para que investidores apliquem em títulos emitidos pelo país. Dentro da classificação, no entanto, existem diferentes notas. Elas influenciam no custo das captações feitas pelo Brasil.
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