Um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente quer adiar a votação do novo Código Florestal, que está prevista para esta terá-feira (24) na Câmara.
Dez ex-ministros do Meio Ambiente com a mesma posição: são contra o relatório do deputado Aldo Rebelo para o novo Código Florestal. Oito deles foram ao Congresso e se reuniram com a atual ministra, Izabella Teixeira.
Nesta terça-feira (24), dia previsto para a votação do código, devem ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff.
Eles querem adiar essa votação porque alegam que é um risco aprovar o texto da forma como está. “O texto é ruim, o contexto é ruim e o pretexto que para a agricultura crescer é preciso destruir floresta também é muito ruim, portanto, defendemos o adiamento da votação”, afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
O relator rebateu as críticas. “A nossa preocupação é com o meio ambiente, mas também com a situação dos agricultores do país, o que não está na esfera de preocupação dos ex-ministros e da ex-ministra”.
O processo de negociação do novo Código Florestal é polêmico. Na última tentativa de votação, o governo fez uma manobra porque temia perder o poder de decidir quais plantações poderiam continuar em áreas de preservação permanente.
Agora uma emenda do PMDB, aliado do governo, divide com os governos estaduais a competência de decidir sobre isso.
Nesta segunda (23), em reunião com ministros e líderes do governo, a presidente Dilma deixou claro: não aceita a emenda que foi negociada entre os líderes governistas e quer também barrar qualquer proposta que dê ideia de anistia a quem desmatou de maneira ilegal. Mas pediu que seja encontrada uma saída para tratar os pequenos agricultores de forma diferente.
“Eu estou dizendo que o governo não cederá, porque não adianta nada votar o código e ele ser vetado e não ter o código”, declarou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo
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