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Política
Terça - 24 de Maio de 2011 às 15:36
Por: Patricia Sanches/Laura Nabuco

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O prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), protocolou nesta terça (24) uma representação no Gaeco, em Cuiabá, contra empresários do setor da comunicação e ex-funcionários da prefeitura, que apresentaram 27 denúncias contra ele. O republicano classificou o grupo de “quadrilha” e avalia a possibilidade de pedir proteção policial. "Estão querendo assassinar meu nome, minha gestão e queira Deus que seja apenas isso", sustentou.

De acordo com ele, membros do grupo estão envolvidos num suposto esquema de fraudes envolvendo a emissão de notas “calçadas” que provocaram prejuízos de milhões ao erário.

O golpe consiste em maquiar os valores recebidos pelas empresas de comunicação que prestam serviços ao município e a outras cidades do Estado. Segundo ele, o custo do serviço era reduzido para que o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISQN) à prefeitura fosse inferior ao que deveria ser.

O suposto crime tinha o aval do empresário Antônio Carlos Cabral Amaral, proprietário da empresa terceirizada responsável pela cobrança da taxa. Ele foi o autor da denúncia, assinada por outros integrantes da sociedade organizada, que culminou no afastamento de Ladeia pela Câmara. Segundo o prefeito, a ação só ocorreu porque a fraude já havia sido descoberta após uma auditoria realizada pelo município. "Tenho documentos e posso provar os motivos da animosidade dessas pessoas, que se infiltraram em setores da sociedade e utilizaram os nomes deles para me prejudicar", frisa.

O republicano protocolou um calhamaço de documentos que comprovariam as supostas fraudes. Num dos casos de nota calçada, o serviço teria sido prestado à Prefeitura de Sapezal por um jornal local. Uma das vias do comprovante encaminhado para o município é de R$ 250, enquanto que a empresa teria recebido R$ 2,5 mil. Em outro caso o valor para recolhimento de importo era de R$ 1.282 e o valor real do serviço R$ 12.282. "Fiz a denúncia pela manhã do dia 12 de maio e à tarde tinham corrigido uma das notas no espelho. Ao invés de apresentar satisfação, Antônio Cabral protocolou uma denúncia", pontua Ladeia.

Cabe agora ao Gaeco analisar as denúncias protocoladas por Ladeia. Se necessário, poderá a interceptação telefônica e a emissão de mandados de busca e apreensão para levantar as informações necessárias à investigação.

 





Fonte: RD News

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