Policiais confundiram ambulante com ladrão de carreta
O vendedor ambulante morto na tarde de segunda-feira (23) pelo investigador Édson Leite teria sido confundido com um ladrão de carretas, identificado pela polícia mas com identidade não divulgada. Leite e Maxwel Pereira, lotados no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Coxipó, teriam chegado até o posto 2006, próximo ao bairro São Matheus, em Várzea Grande, após denúncia anônima.
As investigações seguiam desde a sexta-feira (20), sob o comando de Leite. Ele chegou até a residência para montar campana, e avistou um carro apontado como de propriedade do ladrão, com mandado de prisão expedido em Mato Grosso do Sul. Os dois chegaram até o restaurante do posto, mas foram flagrados por Gilson Silva Alves, que disparou em direção ao mato.
Essa fuga, segundo a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) teria motivado a reação dos policiais, que cercaram a “vítima-acusado”. Maxwel chegou a entrar em luta corporal com Gilson, na tentativa de neutralizar a ação, mas foi surpreendido ao ter sua arma sacada e baleado por Gilson na perna. Em seguida, Leite foi alvejado e revidou contra o ambulante com oito tiros.
De acordo com a família da vítima, a ação dos investigadores foi desmedida, já que a vítima fugiu por achar que sofreria retaliações por denunciar três jovens acusados de assaltar a sua residência. A família também apontou que um dos ladrões teria ligação com o policial João Osni Guimarães, o “Caveira”, e por isso, estava sendo perseguido.
Esse fato, entretanto, foi prontamente descartado pela DHPP, que justificou como coincidente a presença dele no local do crime. Segundo a polícia, “Caveira” teria apenas ido abastecer o carro, quando ouviu os disparos e foi socorrer os colegas. Vendo que Leite estava ferido, ele seguiu em direção a unidade de saúde, mas sofreu um acidente, que resultou na morte de ambos.
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