Pacientes sobrevivendo graças aos enfermeiras que tinham uma única função: bombear os respiradores manuais porque não haviam equipamentos eletrônicos. Naquele dia, 23 de março, os dois pacientes graves que recebiam atendimento improvisado no centro cirúrgico acabaram morrendo.
A reportagem ouviu várias autoridades que prometeram mudanças e investimentos. E nessa segunda-feira (23), exatamente dois meses após a denúncia exibida no Bom Dia MS, a produção do programa retornou aos mesmos locais para verificar, com uma microcâmera, o que havia mudado.
E o que foi constatado em pouco difere das imagens captadas na primeira reportagem. A ala de emergência continuava lotada, com pacientes aos gritos pedindo pela ajuda. Para manter os pacientes respirando, enfermeiras ainda se revezavam nos respiradores manuais.
No setor de ortopedia, as macas continuavam espalhadas pelos corredores. Pacientes aguardavam, há dias, pela cirurgia em camas improvisadas. A situação nas UTIs também era mesma. Muitos aparelhos desligados ou sem utilização.
Dos cinco pacientes que estavam sendo atendidos com respiradores manuais mostrados na reportagem, quatro teriam morrido no início da noite desta terça-feira (24).
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