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Polícia
Quarta - 25 de Maio de 2011 às 14:04
Por: Priscilla Vilela

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O sigilo telefônico do policial Edson Leiteserá quebrado pela Polícia Civil para apurar a identidade da mulher que teria feito a denúncia que levou a morte do ambulante Gilson Silva Alves, na tarde de segunda-feira (23). Os  parentes do investigador João "Caveira" Osni Guimarães, também estão sendo interrogados, assim como a conduta dos policiais durante a operação.

Parentes de João "Caveira" são  acusados de  terem assaltado a casa de Gilson Alves na sexta-feira (20),  em Várzea Grande. Eles negaram qualquer envolvimento com “Caveira”, fato denunciando pela família logo após a operação que resultou na morte de três pessoas. Outras duas pessoas que avistaram a ação, a cozinheira e o dono do posto 2006, também prestaram esclarecimento na tarde desta terça-feira (20).

A operação gera controvérsia devido ao modo operacional feito durante toda a apuração. A autorização dada aos policiais para investigação, não chegou a ser assinada, e foi feita apenas de forma verbal. O carro usado na abordagem do suposto acusado de roubo de carretas foi alugado em uma locadora do amigo de Edson Leite, o que coloca em dúvida a legitimidade.

Toda a ação será investigada pela Corregedoria e pela Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), de forma a analisar a conduta dos policiais que acabou resultando na morte de Gilson, a legitimidade da ação, composta por fatos que ainda não se encaixam.

A Polícia Civil informou que tem um prazo de 30 dias para apurar o caso,e que dentro desse período, vai analisar inclusive como teria se dado a morte de Edson Leite e Gilson, com disparos feitos pela arma dos policiais, durante o confronto no matagal. O resultado deve ser indicado através do exame de balística.

Gilson Alves levou oito tiros que atingiram a região do tórax, cabeça e na perna, em reação de Edson Leite, que foi baleado com dois disparos efetuados pelo ambulante, com a arma de Maxwel Pereira. Para o delegado Antônio Garcia, o confronto foi iniciado pelo próprio Gilson que “se colocou em situação de risco ao entrar em luta corporal com o policial”.

Levantamento feito pela Polícia Militar  confirmou que Gilson não possui antecedentes criminais, mas segundo a família, fugiu ao avistar os investigadores porque estava com medo de represália dos assaltantes que invadiram sua casa na semana anterior.

Gilson Anves morreu no matagal próximo ao posto, e “Caveira” e Edson Leite, morreram em um acidente de trânsito, quando seguiam para o Pronto Socorro em Várzea Grande. Os policiais foram sepultados na tarde de hoje no cemitério Recanto da Paz.






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