Outros dois requerimentos que foram rejeitados estão relacionados ao caso Palocci, mas não dizem respeito à presença do próprio ministro.
Dois requerimentos, um de autoria do deputado Moreira Mendes (PPS-RO) e Vanderlei Macris (PSDB-SP) tratavam de convite para Palocci participar de audiência pública e outro, de autoria de Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), era uma convocação para Palocci explicar seu patrimônio.
Foi rejeitado também requerimento de ACM Neto para convocação do presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, que afirmou não ver irregularidade no caso.
ACM Neto também pediu o convite de integrantes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda, para explicar os mecanismos de fiscalização em relação ao patrimônio de Palocci, mas o requerimento acabou rejeitado.
Outros dois requerimentos foram retirados da pauta, um que pedia audiência pública com Palocci e ex-sócios dele na consultoria Projeto, e outro que pedia audiência pública sobre a empreiteira WTorre, apontada em reportagens como cliente de Palocci e que teria contratos com órgãos públicos.
PGR
Mais cedo, nesta quarta, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), protocolou representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a reabertura das investigações para apurar se houve responsabilidade de Palocci na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Palocci foi acusado pelo Ministério Público de ter ordenado a quebra do sigilo, mas a denúncia acabou arquivada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2009, por falta de provas. No ano passado, a Caixa Econômica Federal foi condenada pela Justiça do Distrito Federal a pagar indenização de R$ 500 mil a Francenildo.
O pedido da legenda tem como base reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Segundo a reportagem, a Caixa teria responsabilizado Palocci pelo vazamento dos dados sigilosos de Francenildo.
A violação ocorreu em 2006, quando Palocci era ministro da Fazenda do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, Francenildo Costa trabalhava como caseiro em uma casa supostamente frequentada por Palocci, quando era ministro da Fazenda, e lobistas.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu Palocci. Carvalho disse achar "estranho" que um caso ocorrido em 2006 tenha voltado à tona. "Isso é um fato já demais debatido na sociedade. Já debatido há muito tempo. O Palocci já sofreu todas as consequências desse processo. Acho que estranho que venha a ser colocado de novo. Mas não tem problema. Palocci está aí, está trabalhando. Acho que anda muda a nossa posição. Quero insistir nisso. Nossa ordem aqui é trabalhar muito e realizar o compromisso que temos com o país", afirmou Gilberto Carvalho.
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