Após morte de extrativistas, manifestantes bloqueiam vias no PA
Uma manifestação de movimentos sociais, familiares e amigos do casal morto em Nova Ipixuna (PA) na terça-feira (24) paralisou trecho da BR-155, em Marabá, e impediu a passagem de um trem da Vale.
A ponte do rio Tocantins, bloqueada desde as 5h desta quinta-feira, foi liberada somente às 10h.
A ferrovia, que passa no meio da ponte, foi interditada por um pneu queimado. Segundo a Polícia Militar, o trem da Vale que seguia no sentido Carajás-São Félix do Xingu teve de retornar.
Cerca de 2.000 pessoas atravessaram os mais de dois quilômetros da ponte, gritando "vivas" aos líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva.
Acompanhavam o corpo do casal, em direção a um cemitério de Marabá, e carregavam bandeiras do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e FETRAG (Federação dos Trabalhadores da Agricultura).
O CRIME
O casal foi assassinado na estrada entre o assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira e o centro de Nova Ipixuna, por volta das 7h30 de terça. Foram baleados por dois homens, em uma emboscada, segundo a perícia. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam o caso.
Conhecidos do casal dizem que ambos denunciavam madeireiros que cometiam irregularidades. Um dos organizadores da manifestação, Rudá Galileu Silva, disse que o grupo cobrava investigação séria contra a "rede de assassinos" existente na região.
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