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Cidades
Quinta - 26 de Maio de 2011 às 12:33
Por: Rose Mary de Souza

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A acareação com empresários, entre ele o ex-presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) Luiz Augusto Castrillon de Aquino na sede do Ministério Público, em Campinas, na quarta-feira, confirmou fraudes em contrato de licitações, pagamento de propina e tráfico de influência entre empresários e ex-agentes públicos na autarquia.

Os depoimentos dos três empresários seguiram até a noite de ontem. Segundo o advogado Antonio Carlos Germano Gomes, o empresaŕio da Hidrax Tubulações Gregório Wanderley Cerveira assumiu ter pago propina aos lobistas de 2005 até fevereiro de 2007. Ele não mencionou valores. Na última segunda-feira, o advogado Edson Carneiro Junior confirmou que seus clientes Augusto e Alfredo Antunes, da empresa Global Serviços, pagaram um "mensalinho" de R$ 5 mil a R$ 6 mil durante dez meses no ano de 2008 para não serem excluídos do contrato de licitação.

"Duas pessoas que estavam presas retrocederam o depoimento que foi prestado anteriormente a nós, de maneira que foi desnecessária a acareação porque a versão agora apresentada é bem alinhada com a que havia dito o senhor Aquino", afirmou o promotor Adriano Andrade de Souza.

A investigação sobre corrupção na Sanasa estourou na última sexta-feira, com a prisão preventiva de 11 dentre 20 pessoas contra quem haviam sido expedidos mandados assinados pelo juiz da 3ª Vara Criminal Nelson Bernardes. O ex-presidente da autarquia Luiz Aquino se beneficiou pela delação premiada e se prontificou a contar como funcionava o esquema. A primeira-dama e chefe de gabinete Rosely Nassin Jorge Santos, também investigada pelo MP, não pôde ser presa por estar amparada por um habeas-corpus preventivo.

Nove pessoas não foram localizadas, dentre elas o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), e os secretários da Segurança, Carlos Henrique Pinto, e de Comunicações, Franciso de Lagos. Vilagra estava de feŕias em viagem a Europa e deve retornar ao Brasil nesta quinta-feira. Pinto e Lagos foram exonerados e continuam desaparecidos.

A operação para prender os suspeitos contou com 120 policiais da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), da Corregedoria da Polícia Civil membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. Ainda estão deparecidos o promotor de eventos Ivan Goretti de Deus, os lobistas Maurício de Paula Manduca e Emerson Geraldo de Oliveira e os empresários da Pluriserv, José Carlos Cepera, da Gutierrez Empreendimentos, Gabriel Ibrahin Gutierrez, e da Consultura Camargo Correia, Dalton dos Santos Avancini.

Dos 11 detidos inicialmente, três permanecem presos em uma cela do 2º Distrito Policial e devem depôr nesta tarde na sede do MP. São eles o ex-diretor da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-diretor de planejamento da prefeitura Ricardo Chimirri Cândia e o ex-diretor financeiro da Sanasa Marcelo Figueiredo. 
 





Fonte: Terra

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