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Sexta - 27 de Maio de 2011 às 06:58

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 Uma cidade pernambucana que sofreu com enchentes por duas vezes em menos de um ano encontrou uma forma surpreendente de acelerar as obras de reconstrução chova ou faça sol.

No alto do morro, em Barreiros, na Zona da Mata de Pernambuco, dois galpões infláveis de seis mil metros quadrados de área chamam a atenção. A novidade se transformou em uma aliada importante dentro do canteiro de obras na época da chuva.

É esta alternativa à prova d’água que está garantindo a continuidade das obras de reconstrução do município que, em menos de um ano, enfrentou duas enchentes.

“Esta é à prova de chuva. Nós estamos, inclusive, contratando mais um galpão, para podermos fazer ruas dentro do empreendimento”, diz Valdemir José Henz, coordenador das obras.

Cada galpão tem 18 metros de altura, 100 de comprimento, 30 de largura e a preferência dos trabalhadores.

“Foi uma coisa boa que inventaram, uma coisa muito ótima para a gente trabalhar”, conta um trabalhador.

A tecnologia das casas pré-moldadas é rápida. Ao todo, 108 formas são encaixadas como um quebra-cabeça. Em cinco horas, a base está pronta para receber o concreto. Dez horas depois todas as paredes já estão levantadas.

Com sol ou com chuva, de dia e de noite, o trabalho dentro dos galpões não para. Os operários têm uma tarefa gigantesca pela frente: construir 12.063 casas para as famílias vítimas das enchentes do ano passado. E só debaixo da lona reforçada, boa parte das obras estará protegida dos efeitos das chuvas que, este ano, chegaram um mês mais cedo.

Dentro dos galpões são construídas 120 casas por mês em ritmo acelerado. “Nós temos construção de casas aqui 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso, com a preocupação de antecipar a entrega dessas casas na região de Barreiros”, explica o presidente da Companhia de Habilitação, Nilton Mota.

Dos trabalhadores, 80% são da região. Tiago teve a casa destruída pela enchente. No canteiro de obras, ele reconstrói a vida: arrumou o primeiro emprego e ajuda a erguer as casas de outros desabrigados.

Em uma delas, vai morar com os pais, a mulher e o filho. Um conforto que nunca teve. São 41 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

“Me sinto muito alegre de poder participar dessa construção”, fala.
 





Fonte: Do G1

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