Prefeito "some" e servidores da Saúde planejam cruzar os braços
A reunião entre os servidores da Saúde de Cuiabá e o prefeito Chico Galindo (PTB), marcada para esta sexta (27), em que deveria ser discutida a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) acabou se transformando em mais um protesto no Palácio Alencastro. O problema é que mesmo com o encontro agendado desde o final de abril, quando a primeira manifestação ocorreu, Galindo não apareceu para negociar.
A mediação está sendo conduzida pelo secretário de Governo, Lamartine Godoy. Segundo ele, o prefeito está fora da cidade cumprindo uma agenda. Lamartine, não informa, contudo, onde é este compromisso. O secretário também não quis revelar qual a proposta que o município preparou para os servidores. Se limitou a criticar a reivindicação da classe. "O pedido deles é impossível. Não temos como dar um aumento de 100%", ressalta.
De todo modo, os manifestantes não estão dispostos a negociar com nenhum dos secretários, apenas com o próprio Galindo. "Se o prefeito não vem pessoalmente é porque a proposta não é boa", reclama o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Cuiabá, Jaime Metelo. Além do reajuste de 100%, os servidores pedem um aumento de 6% a cada dois anos. A proposta já vinha sendo discutida desde fevereiro, quando a Câmara realizou uma audiência pública sobre o tema.
Os servidores estão reunidos em assembleia dentro da prefeitura. A ideia é que uma outra reunião semelhante seja realizada na próxima semana, desta vez com todos os servidores, não apenas os da Saúde. Mesmo assim, eles não descartam a possibilidade de uma greve. A principal reclamação deles é que outros profissionais, como médicos, dentistas e engenheiros, já ganharam reajuste. "Queremos que todos sejam tratados de forma igualitária", protesta Metelo.
Em abril os servidores promoveram uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura para cobrar respostas. Na época, eles também não foram atendidos por Galindo, que cumpria uma agenda na Agecopa, e seguiram para a Câmara, a convite do vereador Lúdio Cabral (PT). Desta vez, além do petista, o presidente do Legislativo municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB), acompanha os protestos. Para ele, os manifestantes precisam conhecer a contra-proposta de Galindo antes de tomar qualquer atitude.
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