Diretor da Cadeia Pública e mais 2 agentes também são investigados
O diretor da Cadeia Pública de Itiquira e mais dois agentes prisionais também estão sendo investigados pela Polícia Federal de Rondonópolis, que deflagrou nesta madrugada a ‘Operação Xadrez’ nos municípios de Itiquira e Rondonópolis. A informação é do delegado da Polícia Federal de Rondonópolis, Rômulo Rodovalho, em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta sexta-feira (27).
O intuito da Operação é desarticular organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nos estabelecimentos prisionais da região Sul do Estado. O agente prisional de Itiquira, Edemir Carlos Campos, foi preso e, segundo o delegado, ele chefiava umas da cinco organizações, comercializava os entorpecentes e tinha fornecedores em Mato Grosso do Sul.
Ainda de acordo com Rômulo Rodovalho, ainda não há provas suficientes para incriminar o diretor e os demais agentes. “Há uma linha de investigação sobre a participação do diretor, mas não há provas suficientes”, explicou. O delegado não informou em qual cidade os dois agentes prisionais investigados trabalham.
A Operação Xadrez, com nome advindo da gíria normalmente utilizada para denominar instituições prisionais, mobilizou cerca de 85 policiais federais que cumpriram, até o momento, 24 mandados de busca e apreensão, 21 prisões das 23 expedidas, detenção de quatro menores de seis envolvidos, além de duas conduções coercitivas, onde as pessoas são ouvidas e liberadas.
A PF apreendeu até agora três armas, sendo um revólver e uma espingarda calibre 38, um revólver calibre 32 e uma pistola calibre 380, com suas respectivas munições, além de 25 kg de entorpecentes. As investigações tiveram início há três meses, com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), Polícias Civil e Militar de Pedra Preta, Itiquira e Coxim (MS).
Também foram feitos nove flagrantes e dez pessoas já haviam sido presas anteriormente. Com relação aos envolvidos que já eram detentos da Cadeia de Itiquira, o delegado informou que eles saíam do local para comercializar entorpecentes. Ainda de acordo com o delegado, não está descartado o possível envolvimento nas organizações criminosas de reeducandos do presídio da Mata Grande, em Rondonópolis.
Ministério Público
O promotor de Justiça Ari Madeira, da Promotoria da Cidadania e Defesa do Consumidor de Rondonópolis, explicou que a participação do Ministério Público, através da Promotoria de Justiça de Itiquira, se deu devido ao envolvimento de adolescentes e servidores e também porque tem interesse na saúde pública. Ari Madeira acompanhou o final das investigações, pois a promotora de Itiquira está de licença maternidade.
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