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Polícia
Sexta - 27 de Maio de 2011 às 22:36

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A ministra Maria do Rosário Nunes (Secretaria de Direitos Humanos) e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) divulgaram nota conjunta em que repudiam o assassinato de Adelino Ramos, presidente do Movimento Camponeses Corumbiara e da Associação dos Camponeses do Amazonas.

O ex-líder do MST foi morto a tiros na manhã desta sexta-feira (27) em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho.

Ele era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, em 1995, que ocorreu durante a desocupação da fazenda Santa Elina. Morreram no conflito dez sem-terra que estavam acampados na fazenda e dois policiais militares.

Em 2009, ele informou à Ouvidoria Agrária Nacional que sofria ameaças de morte porque denunciava a ação de madeireiros na região da divisa entre Acre, Amazonas e Rondônia, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra).

"O assassinato de Adelino Ramos merece o nosso total repúdio e indignação. Há três dias o Brasil se chocou com a execução de duas lideranças em circunstâncias semelhantes, no Pará. Hoje, mais uma morte provavelmente provocada pela perseguição aos movimentos sociais. Essas práticas não podem ser rotina em nosso país e precisam de um basta imediato", afirmaram os dois ministros.

Ainda de acordo com a nota, um levantamento conjunto da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e da Ouvidoria Agrária Nacional aponta que, desde 2001, já foram registrados 71 assassinatos em Rondônia motivados por questões agrárias. Mais de 90% dos casos ficaram sem punição.

Maria do Rosário e Gilberto Carvalho afirmaram que já entraram em contato com Polícia Civil, com o governador de Rondônia e com a Polícia Federal exigindo "a mais rigorosa atitude para investigar o caso e punir os criminosos, tanto os executores como os possíveis mandantes".

Para eles, é necessária uma ação enérgica e exemplar. "Só coibiremos essa violência absurda quando acabarmos com a impunidade."

De acordo com informações da Polícia Civil de Rondônia, o agricultor foi morto a tiros por um motociclista enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia. O crime ocorreu por volta das 10h.

Nenhum suspeito foi preso até o momento.






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