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Política
Sábado - 28 de Maio de 2011 às 08:40

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Numa tentativa de encerrar o impasse em torno da convenção deste sábado, a cúpula do PSDB ofereceu ao ex-governador José Serra a presidência do Conselho Político do partido.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi encarregado de tentar convencer Serra a aceitar o cargo.

Um dos caciques envolvidos na negociação disse à Folha que foi delegada a FHC pelos grupos opostos a tarefa de costurar o acordo.

Na véspera da convenção, ainda não havia acerto. Em São Paulo, FHC se reuniu com Serra e com o governador Geraldo Alckmin.

Lalo de Almeida - 16.maio.2011/Folhapress
Geraldo Alckmin e José Serra (à dir.), durante inauguração da estação Pinheiros do Metrô de São Paulo
Geraldo Alckmin e José Serra (à dir.), durante inauguração da estação Pinheiros do Metrô de São Paulo

Em Brasília, a sede da sigla virou um bunker de negociação, onde se reuniram o presidente Sérgio Guerra (PE), o senador Aécio Neves (MG) e o ex-senador Tasso Jereissati (CE), entre outros.

Serra resistia em aceitar o conselho. Pelo desenho proposto, o órgão seria enxuto, com seis membros, teria poder de deliberação junto à Executiva e estrutura administrativa e financeira.

Apesar disso, o ex-governador considerava o órgão meramente figurativo, e reclamava a aliados de estar sendo "vetado" para a presidência do ITV (Instituto Teotonio Vilela).

Caso não houvesse acordo para a presidência do instituto, aliados de Serra diziam que ele poderia nem aparecer na convenção, o que explicitaria a crise no partido.

Aécio e Guerra procuraram FHC e Alckmin para dizer que, depois da recusa de Serra em aceitar o ITV quando lhe foi oferecido, em fevereiro, Tasso foi convidado e aceitou o posto.

Tirá-lo para abrir espaço para o paulista seria uma humilhação, argumentaram.

Alckmin, que foi o responsável por convencer Serra de que o ITV seria uma boa tribuna, insistiu em pleitear a função para o antecessor.

Pelo desenho proposto por Guerra e Aécio, além do comando do Conselho Político, a seção paulista do partido ficaria com a primeira e a segunda vice-presidências para um serrista (o mais cotado era Alberto Goldman) e um alckmista (o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes).

A secretaria-geral, segundo cargo mais importante, permaneceria com o deputado federal Rodrigo de Castro (MG), aliado de Aécio.






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