Beatriz Abagge foi condenada, neste sábado (28), a 21 anos e quatro meses de prisão pela morte do menino Evandro Ramos. Ela ainda pode entrar com recurso e aguardar a decisão em liberdade. Beatriz foi considerada mandante do crime realizado através de um ritual de "magia negra" em 1992, em Guaratuba, no litoral do Paraná.
Evandro Ramos Caetano, de seis anos, desapareceu em abril de 1992 quando ia para escola. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois "com lesões semelhantes às percebidas em sacrifícios de animais, como amputação de membros e retirada do coração", como afirmou o promotor de justiça do Tribunal de Júri de Curitiba, Paulo Sérgio Markowisz de Lima.
No primeiro julgamento, em 1998, Beatriz e a mãe, Celina, haviam sido absolvidas. Dois pais de santos e um ajudante foram condenados pelo crime em 2004. No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão e conseguiu, através do Supremo Tribunal Federal (STF), um novo julgamento.
"Sou inocente e vou continuar gritando minha inocência", afirmou Abagge na saída do Tribunal. Ela foi condenada por quatro votos contra três do júri popular.
O julgamento havia começado na sexta-feira (27) e foi retomado na manhã de sábado.
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