Médicos "marcham" para reunião com Silval e deputados irão intermediar
Os médicos devem se reunir na manhã desta segunda-feira (3) com o governador Silval Barbosa (PMDB), junto com o líder do governo na Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB), e o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR). Eles irão discutir a situação do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
A reunião é uma reivindicação da categoria, que chegou a suspender a greve que iniciaria na quinta-feira (26) para conversar com o governador. Os médicos só aceitam negociar com Silval Barbosa, já que tiveram inúmeras reuniões com o secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP), e não houve acordo.
Os médicos e enfermeiros do pronto-socorro estiveram reunidos com a Comissão de Direitos Humanos na semana passada e revelaram o caos no atendimento do hospital. Chocado com as cenas mostradas pelos sindicatos da categoria, Pinheiro revelou não ter coragem de levar um familiar no hospital e classificou a situação como “deplorável”.
“Eu não teria coragem de levar um familiar meu para ser atendido lá, e o que não quero para mim, não desejo para a sociedade mato-grossense”, declarou Pinheiro.
O presidente do sindicato dos médicos, Edinaldo Fonseca, falou da indignação da categoria médica com a atual realidade do PS. “Nem com a demissão em massa no ano de 2009 a situação ficou tão precária, como o ano de 2011, mesmo depois de passar por uma reforma em 2010 com investimento de aproximadamente R$ 6 milhões”, lembrou o médico pediatra.
Já o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Dejamil Soares, disse que é humilhante para a classe ter que pedir socorro a entidades internacionais, sendo que Mato Grosso é um estado considerado “rico”. “O que mais me doi é ver pessoas morrerem na minha frente por falta de equipamentos básicos e eu não poder fazer nada. Em alguns casos temos que escolher quem vai morrer por falta de condições de trabalho”, disse.
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