Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Política
Terça - 31 de Maio de 2011 às 18:26
Por: RAFAEL COSTA

    Imprimir


A decisão do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), em punir com suspensão de seis meses o vereador Lúdio Cabral, por infidelidade partidária, pode impedir o parlamentar de concorrer à eleição municipal de 2012.

O mesmo ocorre com a ex-senadora Serys Slhessarenko, que recebeu suspensão de um ano, por não apoiar a candidatura de Carlos Abicalil ao Senado, na campanha eleitoral de 2010. As decisões da cúpula do PT foram tomadas no domingo (29) à noite, durante reunião da Executiva Regional.

A legislação eleitoral exige que o candidato deve estar legalmente filiado ao partido político um ano antes da eleição, ou seja, até 3 de outubro deste ano. Lúdio Cabral, nesse caso, só conseguirá se livrar do efeito da punição em dezembro. Na prática, ele sofreu um duro golpe, uma vez que,vinha se apresentando como pré-candidato a prefeito de Cuiabá.

O episódio é considerado problemático e será solucionado somente pela Justiça, que ainda não se manifestou em casos semelhantes. "Só essa dúvida gera uma insegurança jurídica muito forte. Não há definição clara de nada e não sei o que posso afirmar neste momento", comentou o vereador.

Por outro lado, o presidente do Diretório Estadual do PT, deputado federal Ságuas Moraes, entende que a suspensão não interfere na eleição de 2012. "O vereador Lúdio Cabral não está desfiliado, mas suspenso das atividades partidárias. Portanto, está apto a concorrer a cargos eletivos. Não tenho dúvida alguma a respeito disso", afirmou.

No entanto, a súmula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que trata da fidelidade partidária entende que o mandato pertence ao partido. Assim, suspenso das atividades partidárias, Lúdio Cabral pode também não pode exercer o mandato por este período. Essa interpretação abre brecha para que o primeiro suplente do PT na Câmara de Cuiabá, Alencar Farina, reivindique a vaga na Justiça.

Autodestruição

Atento a essa situação, Lúdio Cabral não esconde o temor de perder o cargo e anunciou que vai recorrer ao diretório nacional, para tentar reverter a punição. "Vou buscar minha reparação porque entendo que fui julgado por um tribunal de exceção, que, desde o início, tinha a ideia de prejudicar", disse.

O parlamentar afirmou que não estuda sair do PT, mas criticou duramente a ala do partido denominada "Construindo um Novo Brasil" (CNB), liderada em Mato Grosso por Carlos Abicalil e Alexandre Cesar e, no âmbito nacional, pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

"Estão conduzindo o partido a um processo de autodestruição. O PT está no rumo errado. Precisamos fortalecer nossa ideologia de esquerda e romper essa aliança com o Governo do Estado, que estuda privatizar a Saúde e faz vistas grossas ao Meio Ambiente", declarou.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/63696/visualizar/