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Economia
Quarta - 01 de Junho de 2011 às 10:14

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No comércio o cartão de crédito é um aliado forte, mas o que é usado como boa alternativa de negociação, pode se transformar em uma grande dor de cabeça, dependendo do perfil do comprador.

O problema é ainda pior para quem usa o cartão de crédito como ferramenta de poder de compra maior do que o salário. Se o trabalhador tem o hábito de pagar apenas o valor mínimo da fatura, terá mais dificuldades para quitar a dívida. Os juros para quem faz esse tipo de pagamento chegam a 238,5% ao ano, um dos mais altos do mercado.

Para tentar diminuir o endividamento do brasileiro, o CMN mudou a regra do valor do pagamento mínimo da fatura, que a partir de hoje passa de 10% para 15%. Em dezembro será de 20%.

O economista Áureo Torres explica como fica a mudança das regras na prática.

“Se uma família que consome no cartão de crédito R$ 800 e paga o mínimo de 10%, que equivale a R$ 80, quando passa o mês seguinte estará devendo mais do que o mês anterior, porque com juros de 13% o valor é alterado para R$ 813. Com 15% que passará a vigorar agora em junho, o mínimo pago pela família seria de R$ 120, e partir de dezembro será de R$ 160. A mudança diminuirá o endividamento da família e também a quantidade de juros a serem pagos”, exemplifica o economista.

Tarifas
Além da mudança no valor do pagamento mínimo passam a valer também as novas regras para a cobrança de tarifa. A partir de hoje só poderão ser cobradas cinco tarifas sendo a anuidade emissão de segunda via, retirada em espécie na função de saque, no uso de cartão para pagamento de contas e no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

Essa limitação é válida para cartões que forem emitidos a partir de 1º de junho de 2011. Para quem já tem cartão, as cinco tarifas admitidas passam a valer a partir de junho de 2012.

Cautela
Facilidade, segurança, ampliação das possibilidades de compras são pontos que deixam o consumidor animado na hora de pagar com o cartão de crédito. No entanto, se um cartão pode endividar o trabalhador, dois ou três cartões podem trazer dívidas ainda maiores. Por isso, os especialistas recomendam muita cautela na hora de decidir pagar com o “dinheiro de plástico”.

“O cartão é muito benéfico. Facilita o parcelamento de compras, tem programas de milhas e pontuações que você pode trocar por um bem e é muito fácil de ser usado. No entanto é preciso dosar a medida de utilização dele para que o consumidor não perca o controle e fique endividado”, explica o economista.

Ainda segundo Torres, o ideal é que a soma dos limites não ultrapasse metade do salário.






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