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Política
Quarta - 01 de Junho de 2011 às 10:20
Por: Julia Munhoz

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Cinco vereadores de oposição de Alto Paraguai (218 km de Cuiabá) foram presos na manhã desta quarta-feira (01) pela Delegacia Fazendária de Mato Grosso (Defaz). Dois dos parlamentares detidos integram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar o prefeito Adair José Alves Moreira (PMDB).

O diretor geral da Câmara Municipal, Olios de Matos, confirmou ao Olhar Direto a prisão dos cinco parlamentares, dentre eles o presidente da Casa de Leis, Jason Alves de Souza (PR), além de Gilbert Souza de Lima (PR) e Valdecir de Almeida Chagas (PSB), relator e membro da CPI, respectivamente.

Os vereadores Aloísio Carvalho Junior (DEM) e Milto Campos Luz (PR) também foram presos. Ainda não há informações se a vereadora presidente da CPI, Ezilda Maria (PR), foi detida.

De acordo com o delegado titular da Fazendária, Rogério Atílio Modelli, ao todo seis pessoas foram detidas durante a operação, dentre elas os vereadores.

Os delegados Lindomar Tóffoli e Alana Cardoso estão no município acompanhando o cumprimento dos mandados. Mais detalhes da operação serão repassados pela Defaz no período da tarde.

O prefeito disse em entrevista ao Olhar Direto que os vereadores estavam exigindo dinheiro para aprovação de matérias. “Eu nunca concordei ai eles (vereadores) começaram a me afastar do cargo e levantar dúvidas sobre minha gestão, foi quando acionei o Ministério Público”.

Adair ressaltou ainda que foi também foi surpreendido com a Operação, segundo ele, denominada Alcaide e cerca de seis viaturas e 18 policiais ocuparam a cidade para realizar as prisões. Ele informou ainda que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara, de onde levaram documentos e computadores.

Segundo informações da Polícia Civil, em Cuiabá, foi preso o ex-prefeito e irmão do presidente da Câmara de Alto Paraguai, Alcenor Alves.

Os seis presos estariam envolvidos em crimes de concussão – exigir dinheiro ou vantagem em razão da função -, formação de quadrilha e eventual prática de peculato. Todos foram presos por mandado de prisão temporária.

De acordo com os delegados fazendários, há dois meses a Defaz recebeu denúncia do atual prefeito, sobre exigências ilegais de parte de um grupo de vereadores, para atender interesses particulares. Conforme a denúncia, os vereadores cobravam o pagamento de “mensalinho”, de R$ 500.

“Não são todos os vereadores que concordaram. Como o prefeito não aceitou, parte dos vereadores se reuniu para afastar o prefeito e em seu lugar iriam assumir o presidente da Câmara”, explicou o delegado Lindomar Tofoli.

CPI

No início deste ano os nove vereadores que fazem parte da Câmara de Alto Paraguaia aprovaram a instalação da CPI para investigar as acusações apresentadas pelo advogado Fabrício Carvalho Santana contra o prefeito municipal. No relatório apresentado, o prefeito Adair José estaria, supostamente favorecendo parentes em licitações públicas e fraudando sistemas licitatórios.


Atualizada às 08h51/09h16/09h35/10h12
 





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