Origem do surto ainda é desconhecida; só hoje foram registrados 365 novos casos
Casos de contaminação por bactéria intestinal aumentam na Alemanha
O centro de controle de doenças da Alemanha registrou 365 novos casos de E.coli nesta quarta-feira (1º), num momento em que o governo tenta rastrear a origem do surto que contribuiu para a morte de ao menos de 16 pessoas.
Em um quarto dos novos casos, os infectados apresentavam Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), uma complicação grave provocada pela infecção da E.coli que afeta o sangue e os rins, informou o Instituto Robert Koch, da Alemanha.
O surto de SHU, um dos maiores já registrados desse tipo, é o principal causador das mortes de ao menos 16 pessoas no norte da Europa. Todas as vítimas viajaram pelo norte da Alemanha antes de serem diagnosticadas.
Por enquanto, mais de 1.500 casos de E. coli/SHU foram detectados e registrados só na Alemanha, mas autoridades ainda não conseguiram identificar a origem da perigosa linhagem de E.coli.
O ministro de Proteção ao Consumidor e à Agricultura da Alemanha, Ilse Aigner, esquivou-se das críticas nesta quarta-feira (1º) durante entrevista a uma rede de televisão de que seu governo havia culpado equivocadamente os pepinos da Espanha pela origem do surto, depois que algumas das verduras do país indicaram teste positivo para a bactéria.
- A E.coli foi encontrada em pepinos espanhois. Portanto, segundo as regulamentações europeias, um alerta rápido deve ser emitido.
Autoridades em Hamburgo disseram nesta terça-feira (31) que a E.coli que foi encontrada em pepinos de origem espanhola não eram da mesma linhagem da bactéria que provocou as mortes.
A Espanha disse estar considerando tomar medidas legais contra autoridades em Hamburgo por culpar sua produção pelo surto de E.coli.
Fazendeiros espanhois afirmam ter sofrido perdas de R$ 455 milhões (200 milhões de euros) por semana, e a crise ainda poderia deixar 70 mil pessoas desempregadas no país que já tem o maior índice de desemprego da União Europeia.
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