Filipinas critica invasão chinesa ao mar da China Meridional

O governo das Filipinas afirmou nesta quarta-feira que vai buscar uma explicação da embaixada chinesa sobre a invasão de navios da Marinha chinesa e um veleiro de vigilância em uma área disputada do mar da China Meridional.

O mar faz fronteira entre vários países, incluindo China, Filipinas e Vietnã. Seu território é disputado pelos três países e já rendeu vários incidentes diplomáticos.

Segundo a Marinha filipina, os navios chineses colocaram uma boia e postos na parte do mar que pertence às Filipinas. A ação ocorreu, segundo o Ministério de Defesa, nos dias 21 de maio e 24 de maio, durante uma visita do ministro de Defesa da China a Manila.

"Estes navios teriam descarregado materiais de construção, erguido um número indeterminado de postos de trabalho e colocado uma boia perto da quebra do recife Amy Douglas --área no oeste da ilha Palawan e dentro da Zona Econômica Exclusiva das Filipinas.

O ministro de Relações Exteriores das Filipinas, Albert Rosario, disse que qualquer construção seria uma "clara violação" do acordo entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

O incidente será abordado na cúpula de segurança asiática em cingapura, no fim da semana, com a participação da China e dos EUA.

O mar da China Meridional ocupa uma área de mais de 1,7 milhões de km², contendo mais de 200 pequenas ilhas, a maioria inabitáveis, além de rochas e recifes.

China, Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan tem territórios no mar, que cobre uma importante rota de transporte e conteria ainda reservas de petróleo e gás inexploradas.

Em março, as Filipinas apresentaram um protesto contra a China depois de dois barcos de patrulha chineses tentarem parar um navio de pesquisa nas proximidades do recife Reed.

Na semana passada, o Vietnã disse que três barcos de patrulha chineses ameaçaram um navio vietnamita de exploração de petróleo no mesmo mar.