O acréscimo percentual na produção é superior ao de vendas internas, esperado em 18,6%, também muito inferior aos 26,7% observados no ano passado.
Não há um descompasso entre aumento da produção e das vendas, de acordo com o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes. Segundo ele, o aço adicional diz respeito à nova capacidade instalada da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que este ano passa a operar em plena capacidade.
A produção da CSA, segundo Lopes, é voltada para exportação. Para 2011, a cadeia do aço espera crescimento de 42,6% no volume de exportações e queda de 42,4% no total de importações.
A queda na importação, de acordo com o Instituto do Aço, deve-se à utilização dos estoques acumulados durante 2010, quando o volume trazido de fora cresceu 153%, e não à melhoria da competitividade.
"Os fatores que levaram a essas importações permanecem, sendo que o câmbio e o excedente no mercado internacional até se agravaram", afirmou Lopes, citando ainda a guerra fiscal entre os Estados, contra os quais a cadeia do aço já entrou com ações diretas de inconstitucionalidade.
O presidente do IADr defendeu novas medidas de defesa comercial, para fazer frente ao "mundo pós-crise", em que países "exercem a exaustão medidas para acessar o mercado externo enquanto protegem o interno", segundo afirmou na coletiva de imprensa que dá início ao Congresso Brasileiro do Aço, realizado de hoje até sexta-feira em São Paulo.
(Luciana Seabra | Valor)
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