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Política
Segunda - 14 de Outubro de 2013 às 09:49

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 A redação do jornal Celeiro de Sinop recebeu uma denúncia envolvendo uma suposta fraude praticada pelo deputado federal, Wellington Fagundes (PR), candidato à reeleição nas eleições de 2010.
 
A denúncia foi feita pelo morador de Guarantã do Norte, Antônio Benito Signor.
 
Segundo ele, o deputado federal, Homero Pereira (PSD), figurava como candidato à reeleição no município com um dos grandes favoritos. Porém, candidato à mesma vaga, Wellington Fagundes desviou votos através de trapaça, prejudicando Homero, diminuindo sua votação, que por consequência, poderia acarretar na não reeleição à Câmara Federal.
 
Benito conta que, temeroso com o resultado das urnas, um líder político da cidade, que trabalhou para Fagundes, usou uma ideia inusitada de fraudar as colas eleitorais, popularmente conhecidas como santinhos, para obter mais votos.
 
Os fatos- Na eleição de 2006, alguns líderes ligados de Guarantã do Norte ao agronegócio apoiaram a candidatura de Homero para a Câmara Federal. Na época desconhecido, o deputado federal alcançou a marca de 1.207 votos com o trabalho do grupo. Durante o mandato, após eleito, Homero, com serviços prestados, fez inúmeras visitas ao município, levando diversas emendas parlamentares, retribuindo os votos recebidos. Para 2010, pelo trabalho prestado, o grupo se fortificou e ampliou ainda mais e tiveram como meta alcançar dois mil votos na nova eleição.
 
Próximo às eleições, como de costume em todos os lugares do país, os políticos produzem seus santinhos e distribuem para a população. Então entrou a trama. Na cola política, distribuída aos eleitores da cidade e interior, indicava o nome dos candidatos, o cargo que concorriam e seus respectivos números.
 
A fraude, segundo Benito, ocorreu na gráfica que imprimiu os panfletos, a Gráfica Print, de Cuiabá, e funcionou da seguinte forma: os candidatos à presidência, governador, senador e deputado estadual continham o nome, cargo e número. Entretanto, para deputado federal, se tratando do Homero Pereira, não havia números, deixando os quadros, propositalmente, em branco, para ser preenchido manualmente.
 
Os quadros em branco, que eram para corresponder ao número de Homero, foram escritos à mão e preenchidos com o número que pertencia ao candidato Wellington Fagundes. Segundo a denúncia, a fraude interferiu diretamente nas eleições, comprovada pelo resultado no município. Homero, mesmo com seu grupo fortalecido e ampliado e o trabalho prestado, obteve menos votos que a eleição anterior, alcançando somente 873.
 
Desconhecendo a trapaça, o deputado estadual Mauro Savi (PR) foi a cobaia utilizada para a falcatrua. Os santinhos modificados e fraudados tinham como capa a foto do candidato, como pode ser observado na foto em anexo.
 
Benito ressaltou. “Segundo se sabe, a ordem que foi para a gráfica que imprimiu, leva a assinatura de um ex-prefeito de Guarantã, que por sinal, é hoje um dos braços direito do deputado favorecido”, revelou. O denunciante ainda pondera que só naquela autorização, foram impressos 400 mil folhetos. “Isto sim é que é fazer cortesia com chapéu dos outros, ou piquenique na sombra do cavalo alheio”, assinala Signor. Segundo ele, tal trapaça ocorreu em diversos municípios do Mato Grosso.
 
“Desta forma, qualquer um se elege, ou seja, torna-se um ‘campeão’ de votos”, disparou Signor? Benito também, além da denúncia, registra questionamentos perante à Justiça Eleitoral.
 
 “Agora, se pergunta ao Tribunal Regional Eleitoral e demais instâncias isto não é crime? O que aconteceria se o deputado Homero Pereira não se reelegesse por falta de mil votos, ou de alguns votos? Como fica agora o prestígio dos líderes de Guarantã do Norte que apoiaram o deputado e não conseguiram os votos almejados? E principalmente, como fica o prestigio do município de Guarantã com o mencionado deputado Homero?”, questionou.
 
 Signor fez questão de separar o nome do deputado Mauro Savi desta trapaça. “Ressalvamos a pessoa do deputado Mauro Savi desta infâmia política e pedimos desculpas ao Homero por não termos obtido os votos que lhes pertencia”, lamentou Antônio.
 
Benito confirmou ao Celeiro que cópia da denúncia será enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília, pedindo inicialmente um parecer sobre o caso com as provas anexadas.
 





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