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Política
Quinta - 02 de Junho de 2011 às 10:03
Por: Sissy Cambuim

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A ex-senadora Serys Marly (PT) viveu dias tensos nas últimas semanas. Em menos de 15 dias, correu o risco de ser expulsa do partido, foi punida pelo diretório regional com a suspensão de suas atividades pelo período de um ano mas, no final, a pena transformou-se apenas na suspensão do direito de voto pelos próximos quatro meses.

Nesta quarta, 1º de junho, três dias depois da avaliação do diretório regional, que garantiu um julgamento político e não baseado nos critérios técnicos da Comissão de Ética, a Comissão de Recursos da Executiva Nacional do PT julgou o recurso de Serys e, por unanimidade, suspendeu a pena imposta pelo PT regional e aplicou a nova penalidade, da qual não cabe mais recursos.

Na sede da Executiva Nacional, em Brasília, o julgamento também aconteceu em clima tenso, com divisões técnicas e políticas. A situação se assemelha à regional, em que a posição majoritária é dos chamados “abicalistas”. Diante do cenário, as discussões se arrastaram por cerca de oito horas mas, por fim, o resultado satisfez a ex-parlamentar.

Ela esperava a absolvição, levando em consideração sua história de mais de 20 anos de vida partidária sem sequer ter recebido advertência e por sua atuação em seus mandatos como deputada federal e senadora, ainda mais porque, conforme ressaltou por diversas vezes, seu processo estava eivado de erros. Conforme sua defesa, foram erros grosseiros como o desrespeito a todos os prazos processuais e a oitiva das testemunhas. Serys sequer foi intimada para comparecer ao julgamento do diretório municipal no último domingo (29).

Contudo, na prática, a suspensão do direito de votar nas decisões do diretório pouco muda a rotina da parlamentar, que atualmente, realiza um trabalho mais ligado às ações ambientais e à presidente Dilma Rousseff (PT), passando a maior parte do tempo na capital federal ou em viagens internacionais.

O motivo da satisfação é poder participar ativamente das reuniões pelo interior do Estado para o fortalecimento do partido, que ainda tenta juntar os cacos do racha protagonizado por Serys e Abicalil nas eleições passadas. A legenda saiu enfraquecida, mas agora, com as possibilidades de recursos sobre os processos de infidelidade partidária esgotadas, a página deve ser virada para dar início ao processo de reconstrução da sigla.

Além de Serys, o vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, e a secretária-adjunta de Justiça e Direitos Humanos, Verinha Araújo, também tiveram suas defesas apreciadas pela Câmara de Recursos . Apenas a suplente de deputado estadual, Eroísa de Mello, punida pelo diretório regional com advertência, não recorreu à nacional.





Fonte: RD News

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