O cantor e ator espanhol Manolo Otero, uma das vozes românticas de maior sucesso nos países latinos nas décadas de 70 e 80, morreu às 15h25 desta quarta-feira (1º), em São Paulo. As informações foram divulgadas nesta quinta (2) por um representante do artista.
Otero faleceu no Hospital das Clínicas, onde estava internado desde o dia 30 de maio para tratar um câncer de fígado, descoberto há três meses. Segundo o hospital, ele tinha 63 anos.
O corpo do artista foi cremado às 13h desta quinta, no Crematório de Santos.
"Fomos pegos de surpresa, ninguém esperava por isso", disse Evandro Segato, que o representava no Brasil. Otero morava numa chácara em Indaiatuba com sua mulher e produtora, a brasileira Celeste Ferreira.
Segundo Segato, o cantor perdeu em dezembro sua mãe. Em seguida viajou à Espanha para resolver assuntos familiares. Quando retornou ao Brasil, descobriu a doença em estágio avançado.
Trajetória
Manolo Otero começou a estudar canto aos 14 anos com sua madrinha, que era professora de piano e diretora do coral da filarmônica de Madri.
Estudou filosofia e letras na Universidade de Madri e gravou seu primeiro disco em 1975, "Todo el tiempo del mundo". O álbum foi um sucesso de vendas em países latinos, incluindo o Brasil.
Em 1973, casou-se com a atriz e cantora María José Cantudo, com quem teve um filho, Manolo Otero Júnior. O casal se divorciou em 1979.
Ele foi intérprete de canções como "Vuelvo a ti", "Bella mujer" e "Qué he de hacer para olvidarte". Também cantou versões de "Champagne" e "Quizás, quizás, quizás".
Seu último show no Brasil foi em São Paulo, no ano passado. Em 2010 também se apresentou nos Estados Unidos, Colômbia, Venezuela e Bolívia. "O projeto dele para este ano era se concentrar em apresentações no Brasil, para não precisar viajar", disse Segato.
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