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Agronegócios
Sexta - 03 de Junho de 2011 às 15:03

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Agricultores que investiram no plantio de algodão safrinha em Mato Grosso estão preocupados com a seca prolongada. Em algumas lavouras não chove há mais de um mês. Sem água suficiente, as plantas devem ter a produtividade comprometida.
 
Na fazenda do produtor rural Rodrigo Pereira Martins, em Jaciara, sudeste de Mato Grosso, foram plantados 700 hectares de algodão safrinha. A expectativa do produtor era repetir o bom desempenho do ano passado, quando cada hectare cultivado em janeiro produziu entre 240 e 290 arrobas de algodão em caroço. Mas ele reconhece que vai ser difícil alcançar esta meta. Como na fazenda não chove há um mês, a produtividade está ameaçada.
 
O algodão safrinha é semeado após a colheita da soja. Em Mato Grosso o plantio começa a partir das últimas semanas de dezembro, mas em alguns casos pode se estender até o fim de fevereiro. A estimativa é de que 49% dos 708 mil hectares plantados com algodão nesta safra no Estado tenham sido cultivados neste período.
 
A lavoura de Martins foi plantada no final de fevereiro e recebeu adubação reforçada. O objetivo era alcançar uma produtividade média de até 240 arrobas de algodão em caroço por hectare. Só que para isso era preciso que as chuvas fossem regulares e somassem um acumulado de aproximadamente 300 milímetros do plantio até agora. O problema é que choveu apenas a metade deste volume.
A última chuva registrada na fazenda aconteceu no dia 30 de abril, foram 30 milímetros. Os reflexos são facilmente notados na plantação de 570 hectares. Além das falhas visíveis, as plantas estão com a metade do tamanho ideal. O número de maçãs formadas também está longe do esperado. Em média são 18 por metro linear, 12 a menos que o previsto.
 
Segundo o gerente de produção Jackson Fernando Secchi foi feito mais investimento na lavoura, mas com a falta de chuvas a produtividade ficou completamente comprometida. Se chover ele acredita que a produtividade possa chegar a 200 arrobas, mas permanecer sem chuva não deve chegar a 100 arrobas de algodão em caroço.
 
Até a hora da colheita, que deve começar em sete semanas, Secchi vai torcer para que o tempo ajude. Ele sabe que para não depender da água que vem do céu, seria preciso investir em irrigação artificial. Um projeto que, por enquanto, está bem distante pelo custo elevado.
 
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária confirma que a falta de chuvas deve comprometer a produtividade do algodão safrinha. Mas diz que ainda é cedo para estimar as perdas. Por enquanto a previsão é de que ao todo, Mato Grosso produza 942 mil toneladas de pluma de algodão.






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