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Política
Sábado - 04 de Junho de 2011 às 22:34

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O secretário de Políticas Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, participou da reunião de mobilização de prefeitos e secretários municipais de Educação, ontem (2) à tarde, no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). O objetivo do encontro foi discutir alternativas de inclusão dos municípios na lei de compensação do governo federal para garantir a complementação financeira para implantação do piso salarial dos professores.

O professor Henrique Lopes fundamentou a sua apresentação nos estudos feitos pelo Sintep/MT na rede municipal. “O estudo busca construir uma radiografia para estabelecer medidas que viabilizam a implantação do piso profissional. Lamentamos que quando vamos tratar o elemento despesas, temos encontrado barreiras nos municípios para obter os dados sobre o que está sendo gasto de fato com educação”, argumentou ao apontar as dificuldades encontradas pelas subsedes para realizar o trabalho. Ele deixou claro que o objetivo do trabalho sindical visa à implantação de uma carreira única, incluindo os funcionários da educação.

Para o sindicalista, do ponto de vista histórico, são quase 200 anos de espera dos educadores

pelo piso. “Lamentamos quando a discussão da valorização é nivelada por baixo. Estamos, aqui, discutindo um piso de R$1.187,97. Se a gente for observar a realidade das demais carreiras dentro dos municípios do Estado, com a mesma habilitação, verificamos que o salário inicial é muito maior que isso. E, continuamos ouvindo o discurso que a educação é prioridade, que precisamos investir na educação. Aqui todos sabemos que é preciso investir mais na educação.” afirmou ao destacar a luta do sindicato.

O sindicalista alertou que depois de tantos anos de espera o piso agora é lei. “E, com certeza, os trabalhadores da educação não se furtarão em fazer as mobilizações para fazer cumprir a lei. Essa é uma questão fundamental do ponto de vista do debate”, completou frisando a necessidade de investir mais do que os 25% estabelecidos na legislação. ”O nosso grande problema é que quando se estabelece o mínimo em políticas públicas, aquele mínimo se torna o máximo”, completou criticando a política de desvalorização da educação.

O secretário de Políticas Educacionais do Sintep/MT ainda chamou a atenção dos dirigentes municipais para a lógica “perversa” do Estado, na questão do Fundeb. “O Estado induz o município a matricular cada vez mais, repassando os 20% dos recursos e ficando com 5%, sem aluno, sem rede, sem nada”, disse apontando para a necessidade de aprofundar o debate sobre o regime de colaboração.

No final de sua fala, Henrique anunciou a publicação da nota do Sintep/MT, que norteou sua apresentação, e que representa a posição do sindicato.






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