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Internacional
Domingo - 05 de Junho de 2011 às 07:36

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O presidente do Iêmen, Ali Abdula Saleh, e seu primeiro-ministro, Ali Mohamed Mujawar, recebiam tratamento médico neste sábado na Arábia Saudita, após os ferimentos sofridos no ataque de sexta-feira contra o Palácio Presidencial.

Ali Abdullah Saleh foi levado à Riad no final do dia, horas depois da transferência de Mujawar, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Yahia al-Rai, e do Conselho Consultivo, Abdel Aziz Abdel Ghani, e dos vice-premieres Sadek Amin Abu Ras e Rashed Mohamed al Alimi, todos vítimas do ataque da véspera, que deixou 11 mortos e 124 feridos.

O presidente Saleh chegou em um avião ambulância saudita e foi levado imediatamente ao hospital militar de Riad. Seus familiares viajaram à capital saudita em outra aeronave.

Segundo o funcionário saudita, o filho mais velho de Saleh e comandante da Guarda Republicana, Ahmad, permeneceu no Iêmen.

Funcionários iemenitas revelaram que Saleh sofreu "queimaduras e arranhões no rosto e no peito", mas seu estado não é grave.

Saleh acusa os "filhos de Al-Ahmar" pelo ataque, em referência ao xeque Sadek al-Ahmar e seus seguidores da influente tribo dos Hashed.

Como resposta, as tropas leais a Saleh bombardearam na sexta-feira a residência do xeque Hamid al-Ahmar, irmão de Sadek, cujos seguidores enfrentam o Exército há vários dias em batalhas violentas.

Dez pessoas morreram e 35 ficaram feridas nos bombardeios da Guarda Republicada à residência do xeque Hamid, um influente empresário e dirigente do partido islamita Al-Islah, e à residência de seu irmão Mizhij, assim como ao imóvel do general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar.

O corpo de elite do Exército respondeu ao bombardeio de uma mesquita do palácio presidencial que feriu o presidente, assim como outras autoridades. Sete oficiais das forças de segurança morreram no ataque.

O xeque Hamid al-Ahmar rejeitou as acusações e afirmou que Saleh instigou o ataque ao Palácio Presidencial para provocar uma "guerra civil".

Uma fonte ligada ao xeque informou que o rei Abdullah, da Arábia Saudita, pode mediar a crise, e que Al-Ahmar está propenso a um cessar-fogo, "apesar dos ataques contínuos" das forças do regime.

Após quatro meses de protestos populares violentamente reprimidos pelo regime de Saleh, que se nega a deixar o poder, a revolta adquiriu outra magnitude a partir de 23 de maio, com o início de duros combates em Sanaa entre forças leais ao presidente e partidários do influyente líder dos Hashed, que se uniu à oposição.

Neste sábado prosseguiam os combates em Al-Hasaba, bairro da zona norte de Sanaa, e em Taez, 270 quilômetros ao sudoeste da capital, onde homens armados ocuparam vários prédios públicos, incluindo quatro delegacias.

O comandante da 33ª Divisão Blindada, general Jebran Yahia al Hashedi, anunciou em Taez que aderiu à oposição pelas pressões recebidas de seus superiores para enviar oficiais para reprimir as manifestações em Taez.






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