Borges deixa staff de Galindo para viabilizar candidatura à reeleição

Com projeto de se reeleger, o secretário municipal de Infraestrutura, Paulo Borges (PSDB), anunciou que deixará o cargo no staff do prefeito Chico Galindo (PTB) nos próximos meses para voltar ao Legislativo. “Devo sair da secretaria em agosto ou setembro”, adiantou o tucano.

Nomeado em outubro do ano passado, Borges não chegará a completar um ano à frente da Seminfe. Ele substituiu Euclides Santos (sem partido), apontado como o pivô da crise da coleta de lixo na Capital. Assumiu a pasta à beira do colapso, e conseguiu amenizar as reclamações sobre o setor e, atualmente, conduz o programa Multiação, realizado em parceria com o Estado para recapeamento, tapa-buraco, recuperação de meio-fio e limpeza urbana, entre outras atividades.

Eleito em 2008, numa das maiores bancadas da Câmara, que conta com quatro vereadores, foi líder do Executivo na gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e se manteve no cargo quando o tucano deixou o Alencastro, passando a ser o elo de Galindo com os vereadores. Sua indicação para a Seminfe foi apoiada por todos os parlamentares.

Apesar de ter reintroduzido Euclides ao staff, nomeando-o em seu próprio gabinete, como diretor responsável por fiscalizar, ironicamente, a coleta de lixo, Galindo não deve colocá-lo novamente à frente da Seminfe, após a saída de Borges.

Assim como fez nas últimas nomeações mais delicadas, como a da secretaria de Saúde, por exemplo, o prefeito já busca um nome com perfil mais técnico e alheio ao cenário político para comandar a pasta, uma das mais cobiçadas por aqueles que buscam ampliar a preferência ao eleitorado no próximo ano.

Ao deixar a Câmara, Borges cedeu lugar a Thiago Nunes (PSDB). O partido começou, neste mês, ao rodízio de seus parlamentares, com o afastamento de Roosivelt Coelho, por 30 dias, para que o sobrinho do ex-governador Dante de Oliveira, Leonardo Oliveira, tivesse a chance de legislar. A ideia era manter o troca-troca com a saída de Lueci e, posteriormente, a de Thiago, para que o recém-chegado Leonardo pudesse aumentar a permanência no Legislativo. A volta de Borges contudo deve atrapalhar o acordo entre titulares e suplentes.