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Polícia
Domingo - 05 de Junho de 2011 às 21:00

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O advogado de Mizael Bispo de Souza, principal suspeito de ter assassinado a advogada Mércia Nakashima em 2010 e atualmente foragido, acusou a promotoria do caso de ações de má-fé. Segundo Samir Haddad Júnior, o Ministério Público Estadual (MP) em Guarulhos pediu, na semana passada, que Mizael deixasse de receber a aposentadoria da PM por invalidez.

"Isso é pura ignorância do MP e um pouco de maldade. É querer acabar com a vida da pessoa de todas as formas", disse Haddad Júnior. Segundo ele, a aposentadoria por invalidez de Mizael é um direito adquirido e não pode ser mudado. "Não vai dar em nada isso aí, é ridículo."

Segundo o advogado, Mizael já deixa de receber a aposentadoria por invalidez, porque é necessário um recadastro anual e presencial. Como Mizael está foragido desde que teve a prisão preventiva decretada, em 7 de dezembro do ano passado, se ele se apresentar à polícia, será preso.

Haddad Júnior afirmou ainda que a promotoria considera a possibilidade de entrar com uma ação na Justiça cível pedindo uma indenização para os parentes de Mércia caso os dois réus sejam condenados. Caso o pedido seja aceito, a Justiça bloquearia os bens de Mizael e de Evandro Bezerra da Silva, também acusado e foragido.

"E se ele for inocente, se ele não for condenado?" Para Haddad Júnior, o pedido seria uma atitude de má-fé da promotoria. "O objetivo por trás de tudo isso é evitar que ele fique sem condições econômicas para se sustentar e seja obrigado a se entregar", diz. "São ações subreptícias, vis."

O caso Mércia
A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio de 2010 e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela levou um tiro no rosto, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água. O principal suspeito do crime é o ex-namorado de Mércia, o policial aposentado Mizael Bispo de Souza, que não aceitaria o fim do relacionamento. O vigia Evandro Bezerra Silva é suspeito de ter auxiliado Mizael no crime.

Logo após a morte de Mércia, Evandro teria fugido para Sergipe, onde foi preso em julho do mesmo ano. Em um primeiro momento, ele disse ter ajudado Mizael a fugir, mas voltou atrás depois, alegando ter sido torturado para confessar o crime. Rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocariam os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Além disso, a polícia encontrou nos sapatos do ex-policial pequenas manchas de sangue, fragmentos de osso e chumbo, além de uma alga presente na represa. Mizael chegou a ter a prisão decretada em agosto, mas o mandado foi revogado dias depois. No mesmo mês, Evandro foi solto. Ambos negam todas as acusações.

No dia 7 de dezembro de 2010, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão preventiva de Mizael e de Evandro, e determinou que ambos fossem levados a júri popular pelo crime. O ex-namorado de Mércia foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O vigia foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Os dois são considerados foragidos.





Fonte: Terra

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