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Internacional
Domingo - 05 de Junho de 2011 às 21:38

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Os confrontos na fronteira entre Israel e a Síria, na região das colinas de Golã, deixou ao menos 14 mortos e 225 feridos, informa uma emissora de TV da Síria. Tropas israelenses abriram fogo contra os manifestantes que protestavam em lembrança à data do início da Guerra dos Seis Dias, em 5 de junho de 1967.

"Quatorze pessoas morreram, incluindo uma mulher e uma criança, e 225 ficaram feridas por disparos israelenses nas imediações de Golã", anunciou a emissora.

  Ariel Schalit/Associated Press  
Manifestantes carregam corpo de palestino morto por tropas de Israel em meio aos protestos nas colinas de Golã
Manifestantes carregam corpo de palestino morto por tropas de Israel em meio aos protestos nas colinas de Golã

"Os manifestantes, centenas, eram sírios e palestinos", segundo a Sana, agência estatal síria.

Ali Kanaan, um médico que estava na região, repassou à Sana os nomes das pessoas mortas, que receberam "tiros na cabeça e no peito".

Centenas de manifestantes que agitavam bandeiras palestinas e sírias tentaram cortar uma cerca de arame farpado próxima de um campo de minas, perto da cidade de Majdal Shams, em Golã, área ocupada por Israel após a guerra.

TIROS E GÁS LACRIMOGÊNEO

De acordo com a Sana, o chefe de um hospital no povoado de Quneitra disse que os hospitalizados foram vítimas de disparos diretos e que alguns feridos estão em estado grave.

Os israelenses usaram gás lacrimogêneo e colocaram franco-atiradores perto do alambrado que separa os dois territórios para impedir os manifestantes de entrar nas colinas.

A agência denunciou que os soldados israelenses dispararam também contra ambulâncias e equipes de bombeiros, impedindo a prestação de socorro aos feridos.

O governador de Quneitra, Mohammad Khnaifes, afirmou que a própria população teve que fazer o atendimento emergencial às vítimas.

A televisão síria mostrou imagens ao vivo de dezenas de manifestantes tentando entrar em Golã e alguns deles retirando o arame farpado que separa os territórios.

Também mostrou cidadãos protestando, atirando pedras e rezando em povoados ao sudeste da Síria.

A TV exibiu ainda imagens de soldados israelenses respondendo aos protestos lançando gás lacrimogêneo e disparos para o ar, e de manifestantes afetados pelos gases e sendo transferidos por companheiros até ambulâncias.

É a primeira vez que o regime de Bashar al Assad permite manifestações na fronteira com Israel para comemorar o dia de Naksa (derrota em árabe), como é conhecida a guerra de 1967, na qual Israel ocupou parte das colinas de Golã, Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e o Sinai egípcio.






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