2 mil servidores entram em greve
A partir desta segunda-feira (6), os cerca de 2 mil servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após assembleia da categoria. Apesar da greve, os servidores se comprometeram a cumprir a lei e manter os serviços essenciais, como o atendimento no Hospital Universitário Júlio Müller. Já a biblioteca e o restaurante, por exemplo, fecham.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMT (Sintuf/MT) reivindica, entre outros pontos, a racionalização dos cargos existentes, o retorno do Vencimento Básico Complementar (VBC) para algumas classes, o reposicionamento dos aposentados e o reajuste no piso básico inicial. "Muitos aposentados não tiveram contado corretamente o tempo de contribuição, o que traz prejuízo nos valores recebidos", explica o Coordenador Geral do Sintuf/MT, Antônio Assunção
Afirma que existem muitos servidores que realizam as mesmas atividades mas recebem vencimentos diferentes. "Além desta disparidade, nas classes C e E foi removido o VBC".
A categoria defende que o piso salarial inicial seja equivalente a 3 salários mínimos, R$ 1.635. Atualmente, o valor pago em início de carreira é de R$ 1.034. Além disso, os servidores exigem um aumento de 6,7%, índice que acompanha a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), mais 5%, previsão da inflação para 2011.
A decisão da categoria acompanha a orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) que em plenária realizada no dia 1º aprovou o indicativo. "Tentamos dialogar com o governo em diversas oportunidades, inclusive em reunião realizada em 24 de maio. Não avançamos em nenhuma das questões, então, não houve outra alternativa".
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