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Cidades
Segunda - 06 de Junho de 2011 às 10:11

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O perfil das gangues que atuam em Cuiabá está mudando. Estudo da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) mostra que antes a característica destes grupos era delimitar uma área de atuação e mostrar poderio. Agora eles começaram a se unir e têm no tráfico de drogas e na arregimentação de crianças e adolescentes para crimes o principal objetivo, o que foi definido pela própria Polícia como estratégia para formação do "exército de reposição" do crime.

 
Grupos contam com adultos que orientam os "novos alunos", participando ao lado deles nas primeiras ações, fazendo o papel de um "pai adotivo". Esta "adoção" de jovens e crianças é facilitada pela negligência das famílias.
 
Para o delegado Paulo Araújo, titular da DEA, ideias equivocadas como a descriminalização da maconha, mostram a falta de conhecimento das autoridades sobre a realidade das ruas. "Hoje o tráfico está por trás de cada ação criminosa que envolve estes jovens. E sabemos que ele é fomentado por cada indivíduo que usa a droga e vai atrás do produto nas ruas", acusa Paulo Araújo.
 
A pesquisa em torno da delinquência juvenil na Capital começou em 2010, dentro de um projeto voltado para aumentar a segurança dentro e no entorno das escolas. Foi levantada a existência de 31 gangues, que atuavam em todas as regiões da Capital. O estudo mostrou ainda que os jovens usavam a internet e as páginas de relacionamento para postar fotos com as cenas das "festas" dos grupos e exibir armas, drogas e produtos de roubo. Os territórios eram bem definidos e os confrontos eram inevitáveis caso um grupo "invadisse" a área do outro.





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