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Política
Segunda - 06 de Junho de 2011 às 19:02

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Em apoio às manifestaões dos bombeiros do Rio de Janeiro, um grupo de deputados emitiu uma nota defendendo "a libertação imediata e a reabertura do diálogo com a categoria", como afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). Com fitas vermelhas nos braços, os parlamentares prometeram trancar a pauta de votações da Assembleia do Rio se não houver a retomada do diálogo.

"Enquanto os bombeiros não forem anistiados e não houver uma abertura de diálogo e atendimento das reivindicações, nós vamos trancar a pauta. Esse movimento é suprapartidário", disse o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP). Conforme Freixo, 33 parlamentares estão apoiando o movimento dos bombeiros.

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) disse que vai levar as reivindicações da categoria a Brasília. "Precisamos aprovar a PEC 300. Ela nos dará mais suporte, pois propõe um piso nacional para os militares e também um fundo para que o Estados possam suprir esses rendimentos. Com essa aprovação, manifestações como a atual não irão acontecer", apostou ele.

Confira a nota divulgada hoje pelos parlamentares:

Nós, parlamentares fluminenses, estamos empenhados no apoio aos bombeiros do Estado do Rio de janeiro. Defendemos a libertação imediata de todos os bombeiros presos, retomada do diálogo do governo com a categoria, melhorias salariais e melhores condições de trabalho para a operosa corporação. Há semanas, a população do Estado assiste a manifestações do Corpo de Bombeiros, que cumpre papel social fundamental.

A sua principal missão é salvar vidas. Dioturnamente, testemunhamos a importância desta categoria, como em sua atuação durante as enchentes, deslizamentos e desabamentos provocadas pelas últimas grandes chuvas no Rio de Janeiro, Niterói e região serrana. O Rio é um dos maiores e mais importantes Estados do País.

Diante da importância do Corpo de Bombeiros, não é condizente pagar a esses admiráveis servidores os salários mais baixos do Brasil. Reiteramos que a abertura de diálogo e negociação é fundamental. A luta dos bombeiros é justa e legítima e não deve ser criminalizada. Eles são defensores da sociedade e não podem estar presos.

Manifestação e invasão de quartel
Parte dos cerca de 2 mil manifestantes que invadiram o quartel dos Bombeiros na sexta-feira fizeram um "escudo humano" com as mulheres que participaram do protesto para impedir a entrada da cavalaria da PM no local. Um carro que estava estacionado no pátio do quartel foi manobrado para bloquear a entrada.

Na noite de sexta-feira, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, foi ferido na perna. "Agora a briga é com a PM", avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel. Mário Sérgio prendeu o ex-corregedor da PM coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar a volta dos EUA ao Rio.

Os bombeiros espalharam faixas, a maioria pedindo "socorro" para a categoria. Relações públicas da corporação, o coronel Evandro Bezerra afirmou que caberia à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil decidir o que seria feito. A manifestação teve início por volta das 14h, na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mais de 4 mil pessoas participaram do protesto, que seguiu pela área central de vias como a rua Primeiro de Março e a avenida Presidente Vargas. Os manifestantes soltaram fogos de artifício e foram acompanhados por policiais militares De acordo com estimativas dos líderes da manifestação, mais de 5 mil pessoas participaram da passeata.

Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça. Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj). Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950






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