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Cidades
Quarta - 08 de Junho de 2011 às 19:22
Por: Marcela Brito

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O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) fez o levantamento de uma série de ações que foram movidas contra o Bradesco e demonstra que apesar dos lucros acumulados anualmente, o tratamento com seus funcionários não é prioridade. São condenações por transporte de valores irregular, ações coletivas por danos morais e pressão para que cursos sejam realizados em benefício do banco fora do expediente, ou seja, nas horas livres. São mais de R$ 300 mil em indenizações que devem ser pagas pelo Bradesco.

O caso que ganhou mais destaque na mídia foi a condenação do banco pela Justiça do Trabalho de Mato Grosso devido ao transporte de valores de forma irregular. Os bancários transportavam dinheiro do banco sem nenhuma segurança e se arriscavam a cada transporte. Com a representação da assessoria jurídica do SEEB-MT, dois bancários ganharam na justiça indenização por dano moral. A bancária da cidade de Paranatinga receberá o valor de R$100 mil e o bancário de Juína receberá R$ 150 mil.

Outra ação movida contra o Bradesco com êxito no resultado foi a ação coletiva movida pelo Ministério Publico do Trabalho, que resultou na proibição do Bradesco a submeter seus empregados a realizar mais de duas horas extras diárias. No entendimento judicial, o empregado que realiza mais de 2 horas extras,  coloca em risco sua saúde e a convivência social e familiar.

“Esta ação foi movida devido ao grande número de reclamação de bancários do Bradesco que habitualmente realizam mais de duas horas extras por dia. Agora além do Banco ter que pagar uma indenização no valor de R$ 300 mil, está proibido de exigir que bancários exerçam mais de duas horas extras. Caso o Banco continue a exigir a realização de mais de duas horas extras, é necessário que os bancários denuncie o descumprimento da ordem judicial ao Sindicato”. observa o diretor do SEEB-MT, Eduardo Alencar.

E por falar em hora extra, o Bradesco constantemente esta sendo condenado no pagamento de horas extras, relativo às horas utilizadas pelos bancários para realização dos cursos Treinet. Isto porque o banco não disponibiliza durante o expediente tempo determinado para a realização dos cursos, forçando os bancários a realizarem os cursos em suas residências, utilizando a favor do Banco, tempo que deveria desfrutar para o lazer e relacionamento social e familiar.

Campanha Nacional de Valorização

Como forma de mobilizar os bancários e pressionar o Bradesco a melhorar as condições de trabalho e a valorização dos funcionários que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro relançou a Campanha Nacional de Valorização em abril. Entre as principais reivindicações estão a criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) justo e transparente, um programa de auxílio-educação que valorize a todos e melhorias no Bradesco Saúde, entre outros pontos.

“O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso orienta os bancários que se identificaram com os casos citados ou sintam obrigados a agir em desacordo com as funções específicas a procurar o Sindicato onde encontrará orientações sindicais e jurídicas para resolver o problema. O contato pode ser diretamente na nossa sede Rua Barão de Melgaço, 3190, Centro, Cuiabá, por telefone n. 3623-5333 ou por email seebmt@terra.com.br”, observa o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva.






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