Mato Grosso tem 12 mil presos "espremidos" onde só cabem 5 mil
O sistema penitenciário mato-grossense há muito está ‘estrangulado’, com todas as unidades prisionais superlotadas, e os números da população carcerária impressionam, com mais de 12 mil reeducandos e detentos provisórios em 56 prédios no Estado, onde só cabem 5,5 mil pessoas. A informação foi repassada ao Olhar Direto pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado.
A saída, conforme aponta o secretário, é a construção urgente de mais unidades para abrigar quem infringe a lei, aliada a um modelo de ressocialização que devolva o reeducando com plenas condições de se integrar à sociedade. Para tal, o governo do Estado está desenvolvendo projetos de presídios produtivos – em que o preso recebe capacitação e trabalha dentro de uma fábrica instalada na unidade em que cumpre pena.
“Paralelo aos presídios produtivos, o Estado vai construir mais unidades prisionais. Uma delas é a Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, que já tem recurso garantido do governo federal e terá capacidade para até 400 presos provisórios”, falou Curado.
O secretário também informou que o governador Silval Barbosa (PMDB) articula, junto ao Ministério da Justiça, a construção de pelo menos mais quatro cadeias com capacidade de 250 presos cada. Uma será em Várzea Grande, outra em Nova Mutum ou Lucas do Rio Verde, uma em Barra do Garças e, outra, na região de Juara.
A superlotação das unidades tem sido uma das principais queixas dos reeducandos. No Presídio Ferrugem, em Sinop, por exemplo, que foi construído em 2005 para atender 350 presos, hoje está com 600. Cadeias em prédios antigos e que não foram projetados para tornarem-se unidades prisionais é outro problema, já que facilitam a fuga de presos, como em Peixoto de Azevedo, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum.
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