Membros "disputariam" quem consegue fazer o maior número de vítimas
Polícia investiga grupo de extermínio de homossexuais
A Polícia Civil está investigando uma denúncia de que existe um grupo de extermínio de homossexuais, na região do CPA, que "disputa" vítimas entre seus membros. Na prática, os membros do grupo fariam apostas. Em jogo, está quem consegue fazer o maior número de vítimas.
A informação inicial é de que compõem os grupos cinco rapazes, que também podem estar envolvidos com tráfico de drogas e que abasteciam, em especial, travestis que fazem programa na região da grande Morada da Serra. Não está descartada, entretanto, a possibilidade de que as vítimas tenham dívidas oriundas do tráfico de drogas.
A investigação começou depois de apurações preliminares de dois assassinatos envolvendo travestis. O último deles foi o de Maildo dos Santos Silva, de 25 anos, conhecido como "Maria do Bairro". Ele foi encontrado morto em um terreno baldio, que fica próximo da Lagoa Encantada, no CPA 3.
Na semana passada, Alisson Otávio Carvalho da Cruz, o "Alicinha", de 20 anos, foi asfixiado com uma corda, arrastado por dezenas de metros e jogado num córrego. O receio da Polícia, de acordo com investigadores ouvidos pelo MidiaNews, é de que o número de vítimas aumente, caracterizando uma "onda de homofobia" na Capital.
Dois assassinatos
A delegada Anaíde Barros ouve, desde a manhã desta quinta-feira (9), testemunhas dos assassinatos de Maildo dos Santos Silva e Alisson Otávio Carvalho da Cruz. A delegada trabalha com a hipótese de homofobia, mas também não descarta o tráfico de drogas como motivação.
"O que temos até agora é as duas vítimas eram usuárias de drogas. A linha de motivação por homofobia também está sendo investigada até que cheguemos ao esclarecimento dos dois homicídios", informou a delegada ao Midianews.
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