Após agressão e denúncias, ex-secretário não fala com Murilo

Após denunciar o esquema de compra de votos para a Polícia Federal para garantir a delação premiada, amenizando a sua situação, o ex-secretário de Esportes de Várzea Grande, Edilson Baracat, se mostra surpreso com o fato do TRE ter acatado a denúncia que pode culminar na cassação do mandato do prefeito Murilo Domingos (PR), que já está desgastado devido a uma série de denúncias por atos de improbidade administrativa. "Fui contra meu advogado (Jorge Luiz Siqueira Farias) ter feito a denúncia. Já prestei depoimento e agora vou aguardar o resultado", pondera Baracat.

Entre as provas juntadas pelo MPE nos autos do processo está a prescrição do pedido de ressarcimento pelo terreno que abriga o Fiotão, pois o ginásio foi construído há mais de 20 anos e o processo de indenização levou apenas 10 dias para ser aprovado.Também estão na berlinda o ex-procurador da prefeitura, Antônio Carlos Roque, Denise Baracat, irmã do ex-secretário e à época candidata a vereadora, Sidney da Silva e Nelchair Damaris da Silva.

A relação entre Baracat e Murilo Domingos atualmente é inexistente. Ele conta que desde o não pagamento da indenização eles não se falam. Foi demitido do cargo como secretário e chegou a ser agredido pelo irmão do prefeito na frente da Câmara de Várzea Grande por causa das denúncias de corrupção eleitoral e compra de votos. Na oportunidade, o ex-secretário e o ex-procurador da segunda maior cidade do Estado exigiam que a Câmara investigasse Murilo por meio de uma CPI, mas todos os pedidos foram arquivados.