Para o consultor de Recursos Humanos, Luciano Coppini, é encontrar motivos para agir. "Na realidade, os empresários não enxergam sua responsabilidade nesse processo. É claro que o processo de automotivação existe, cada um tem que se preocupar em se motivar. Mas os donos de empresas, empresários líderes e gestores têm uma responsabilidade muito grande nesse processo de motivar sua equipe e seus funcionários."
Criar oportunidades em um universo de 150 funcionários. A analista Pâmela Rodrigues trabalha em uma escola que tem hora do descanso. "Não temos o tempo todo para ficar conversando durante o expediente. Então a gente se reúne embaixo [em um espaço na empresa], conversa e se distrai. Quando a gente volta para o trabalho, volta mais motivado."
O espaço de convívio é destinado ao intervalo do almoço e também para as paradas durante o expediente. Descontração que traz resultados. A gerente de talentos, Luciana Rondon, garante que a pessoa trabalha melhor.
"O bom humor melhora, as pessoas dão uma descontraída e liberam endorfina. Então chegam mais tranquilas e com foco no trabalho", conta a gerente de talentos.
Até mesmo na hora da seleção dos funcionários, o cuidado com a motivação é levado em conta. Pequenas empresas também sentem necessidade de investir na motivação. Outra garantia de retono é o incentivo à qualificação profissional.
Um exemplo é a coordenadora de marketing Francyele Belay. "Conforme foram acontecendo os treinamentos, eu fui conseguindo também subir de cargo e melhorar dentro da empresa. Isso somou muito na minha vida profissional." De estagiária à coordenadora de marketing de uma gráfica, Francyele é o exemplo dos ganhos que beneficiam tanto quem recebe quanto quem promove a motivação.
A empresária Gláucia Guerra afirma que investir no profissional é investir na empresa. "Quando a gente opta em investir no colaborador, a gente está investindo na empresa como um todo. Um colaborador bem treinado, com crescimento pessoal e profissional, atende melhor o cliente e trabalha mais satisfeito. Então tudo isso faz com que a empresa tenha resultados financeiros e lucros."
Luciano Coppini explica que essa visão estratégica passa ainda pelo cumprimento das metas. "Quando a gente fala de metas, isso pode ser extremamente motivacional, só que a gente tem que tomar cuidado porque existem algumas metas impossiveis. Por exemplo, se você começa a jogar video game e no meio do jogo você percebe que vai perder, a tendência é que você desista. Ao mesmo tempo, se você achar que vai ganhar, procura ir até o final."
Há um ano e meio na empresa, o técnico em impressão Ricardo Oliveira diz que já se acostumou com a pressão do trabalho e busca a confiança dos patrões. "Estou buscando crescer, já me falaram que é possivel e já me mostraram o caminho, quais os cargos que eu poderei alcançar, o que eu deveria estar fazendo e deveria estar buscando para conseguir esses cargos."
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