Participação de mulheres em posição de liderança cai no Brasil
Hoje, as mulheres ocupam 20% das posições de liderança globalmente, representando uma queda frente ao nível de 24% registrado em 2009, e somente 1 ponto percentual acima do índice de 2004.
O percentual de empresas privadas que não possuem nenhuma mulher em sua diretoria ou cargo de comando aumentou para 38% comparado com 35% em 2009.
No Brasil, a participação das mulheres em postos de liderança está em 24%, acima da média mundial, mas bem abaixo do nível registrado no país em 2007, quando elas respondiam por 42% dos postos. Em 2009, esse indicador já havia recuado para 29%.
Com isso, o país despencou da 2ª posição no ranking que leva em conta a liderança feminina em 2007, para 10ª posição em 2009, e agora está 21º lugar entre os 39 países pesquisados.
RANKING
Globalmente, a Tailândia conquistou a melhor posição, com 45% das mulheres em cargos de liderança, seguida por Georgia (40%), Rússia (36%), Hong Kong e Filipinas (ambos com 35%). Os países com a menor classificação foram Índia, Emirados Árabes e Japão, com menos de 10% de mulheres em posição de liderança.
"A participação das mulheres no mundo dos negócios é um tema importante no Brasil. Nós elegemos nossa primeira presidente. Em várias universidades as mulheres são a maioria", observa Madeleine Blankenstein, sócia e diretora do International Business Center da Grant Thornton Brasil.
"No entanto, não se pode negar que a sociedade brasileira ainda é patriarcal, e que as mulheres têm que fazer um grande esforço para alcançar posições de liderança. Infelizmente, parte da queda de 2007 para 2011 pode representar a falta de benefícios das empresas locais para as mães que trabalham. Não existe creche em muitos locais de trabalho e poucas empresas oferecem horário flexível ou mesmo a opção de trabalhar em casa, como home office", explica a executiva.
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