Japão aprova plano de indenizações de operadora de Fukushima
Ainda não está claro quando, ou se, o plano se tornará uma lei devido à precária situação política do altamente impopular primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, que não tem conseguido avançar com vários projetos de lei relacionados ao desastre num Parlamento dividido.
A aprovação aconteceu três meses depois que um devastador terremoto seguido de tsunami atingiu o país e danificou, entre outras coisas, a usina nuclear de Fukushima.
O ministro do Comércio, Banri Kaieda, cujo ministério regula a Tepco e outras instalações de energia, disse em entrevista que o governo pretende apresentar o projeto de indenização ao Parlamento o mais rápido possível.
Ele também afirmou que um aumento substancial das taxas de energia elétrica pela concessionária para financiar os pagamentos seria inaceitável e que a Tepco teria que vender ativos para minimizar o reajuste tarifário.
Embora o plano tenha sido criado para restaurar a confiança do mercado, as ações da Tepco têm recuado, refletindo o ceticismo dos investidores sobre o destino do plano e da própria empresa.
"Não é o problema do plano em si. É apenas que não foi finalizado como lei ainda. É isso que deixa o mercado ansioso. E tem havido muitos comentários", disse recentemente um executivo de um dos bancos credores da Tepco, que preferiu não ser identificado.
Sob o plano, um fundo será criado para ajudar a Tepco a indenizar as pessoas afetadas pelo terremoto. Outras operadoras nucleares do país terão que fazer contribuições anuais e o governo também injetará recursos se necessário.
A Tepco pagará o montante de volta em um número não especificado de anos.
Comentários