Neyly Santos, 26, matou Gislaini Santos com 6 facadas, após fim de relação de sete anos
Pagodeiro pega 20 anos de cadeia por matar namorada
A Justiça condenou o pagodeiro Neyly Silva Santos, 26, a 20 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-namorada, Gislainni Paola Neves Santos, 26, morta com seis facadas no tórax, braço e orelha, porque havia rompido a relação de mais de sete anos.
O assassinato da jovem ocorreu na casa dela, na noite do dia 30 de dezembro de 2009, no bairro João Bosco Pinheiro, em Cuiabá.
Neyly foi condenado por homicídio qualificado, praticado por motivo considerado fútil e com requintes de crueldade. O julgamento ocorreu na última sexta-feira (10), no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.
No entendimento do promotor criminal João Augusto Gadelha, que participou do julgamento, a pena não pode ser considerada exagerada, uma vez que se trata de um crime contra a vida.
O réu deverá cumprir dois quintos da pena em regime inicialmente fechado. Ele ficará menos de oito anos atrás das grades, uma vez que está preso desde abril do ano passado.
“A pena [de 20 anos de condenação] alta é uma forma de reprimir esses tipos de crimes. A pena tem a função de prevenção, pois ela acaba inibindo as pessoas de tentarem fazer o mesmo”, observou o promotor.
De acordo com as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o casal se relacionava há sete anos, mas, dois meses antes do crime, Gislainni teria se cansado do namorado e resolveu encerrar a relação.
Segundo as informações, ela reclamava com amigas que não aguentava trabalhar sozinha, uma vez que a única ocupação de Neyly era a de pagodeiro e não tinha um emprego fixo que lhe garantisse uma renda mensal.
Assim que terminou o namoro, ela o trocou por um colega de trabalho. O pagodeiro não gostou de saber que havia outro homem na vida dela e chegou a flagrar o casal num motel. Mesmo assim, ele não reagiu, de imediato.
No dia do crime, Neyly foi na casa de uma amiga da vítima, pegou a bolsa de Gislainni, com documentos e outros objetivos pessoais. Era uma forma de ela procurá-lo. O pagodeiro ficou de levar a bolsa na casa da jovem. Os dois conversaram, tiveram relação sexual e, antes de ir embora, a executou com seis facadas.
Neyly fugiu após o crime, mas, quatro meses depois, se apresentou à Polícia Civil. Como estava com a prisão preventiva decretada, foi direto para o Presídio Central do Estado (PCE).
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