Funcionários insatisfeitos com salários tentam suicídio
A insatisfação com os salários pagos pela Prefeitura de Barra do Garças (509 km de Cuiabá) já levou alguns funcionários da Saúde a tentarem suicídio. A afirmação é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sintesbre), Luzilerne Fátima, que está liderando um movimento em favor do Plano de Carreira da Saúde que estaria sendo descumprido pelo prefeito Wanderlei Farias (PR).
Ao ilustrar a situação da Saúde, a sindicalista comentou que dois funcionários do pronto-socorro desesperados com dívidas e problemas chegaram ao cúmulo de tentar o suicídio. Ela disse que a maioria dos servidores da Saúde estaria ganhando menos de um salário mínimo em Barra do Garças. Em média, os salários seriam de 600,00 com os descontos menos que o mínimo.
A sindicalista disse que o plano de cargos, carreira e salários (PCCS) criado em 2007 estaria sendo desrespeitado por Farias desde que ele voltou para prefeitura em janeiro de 2009. Em função desta situação, o Sintesbre resolveu se unir ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) para fortalecer o movimento com intuito de sensibilizar o chefe do executivo.
O Sintep aceitou o convite e está marchando junto nesse movimento. Segundo o presidente do Sintep-BG, Omar Cirino, a situação da Educação é semelhante à Saúde. “Ele está faltoso conosco por causa da data-base 2010 e 2011”, frisou se referindo a data estipulada para conceder aumento aos professores e demais servidores da Educação. Em média, os salários de monitores e serviços gerais nas escolas é de R$ 600,00 e professores R$ 950,00.
Nesta terça-feira (14), os dois sindicatos vão estar na Câmara Municipal para buscar o apoio dos vereadores a mudar essa realidade e tentar uma nova negociação com o prefeito barra-garcense.
Em outra tentativa, a bancada de sete vereadores que apóia o prefeito prometeu aos servidores conversar com chefe do executivo para receber os funcionários. Já são três anos do novo mandato de Wanderlei, segundo os servidores, ele nunca os recebeu para conversar. Por outro lado, a prefeitura alega que o plano de carreira da Saúde está subjudice e que a data-base teria sido substituída por um novo reenquadramento.
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